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Conferência
25 de Março
18h30
Pequeno Auditório
Entrada gratuita
Levantamento de senha de acesso 30 minutos antes do início da sessão, no limite dos lugares disponíveis

Para ouvir Lopes-Graça
Por Paulo Ferreira de Castro

O centenário de um compositor convida geralmente aos “balanços” unanimistas e à atribuição de uma espécie de lugar cativo na História. Não assim com Fernando Lopes--Graça, cuja figura e sobretudo cuja música continuam a suscitar o debate. De facto, as visões correntes da obra e do artista, orientadas pelos prismas do folclorismo, do empenho cívico e político, do testemunho angustiado de um tempo problemático, dão conta de outras tantas componentes reais da sua personalidade, mas não esgotam o tema. A presente conferência propõe-se revisitar alguns momentos de um percurso de compositor menos linear do que se supõe e avança algumas propostas de escuta de uma obra que talvez não tenha revelado ainda a sua verdadeira dimensão.

Paulo Ferreira de Castro, musicólogo, formado nas Universidades de Estrasburgo, Leeds e Londres, é autor de inúmeros escritos e conferências sobre temáticas musicais, e exerceu, entre outros, o cargo de Director do Teatro Nacional de São Carlos. Actualmente, lecciona no Departamento de Ciências Musicais da Universidade Nova de Lisboa.


A composer’s centennial tends to invite unanimous considerations on merit, which result in bestowing upon the composer a kind of right of place in History. This is not the case with Fernando Lopes-Graça – the man and especially the music continue to rouse discussion. As a matter of fact, the common perspectives on the artist and his work, through the angles of lore, civic and political commitment and the anguished testimony of a troubled time, convey many real elements of his personality but do not exhaust the theme. This conference proposes to revisit some highlighted moments of the composer’s course of life and work, which may prove to be less straight forward than it is generally supposed. It may equally put forward some listening alternatives for a work that may not yet have revealed its true stature.