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Música
25 de Março
21h30
Grande Auditório
Duração 1h20
15 Euros
Até 30 anos: 5 Euros.
Preço único


Documentação

Miguel Henriques
Recital de Piano

Centenário Fernando Lopes-Graça

No programa deste recital a música de Fernando Lopes-Graça surge em exemplos diferenciados, alternando com outros de Chopin. As razões desta associação poderão revelar-se surpreendentes para alguns, mas é inequívoco o seu enraizamento profundo na enorme admiração de Lopes-Graça pelo compositor polaco.
No seu artigo Evocação de Chopin Lopes-Graça a ele se refere com palavras de inequívoca veneração: é um artista puro, simples e humano. Em particular o amor de Chopin pela música do seu povo e o modo como a absorveu, integrando-a no seu discurso, constituiu para o compositor português um dos exemplos modelares mais marcantes.
Para além do papel central que o piano teve na sua própria formação, a figura do grande pianista Vianna da Motta, seu mestre, terá sido outra das referências que mais o aproximaram da música de Chopin. Mas acima de tudo o que predomina na obra de Lopes-Graça, tal como em Chopin, é a celebração do homem na sua forma poética mais verdadeira e depurada.

Miguel Henriques tem-se dedicado ao longo da sua carreira à divulgação das principais obras do repertório pianístico - algumas menos conhecidas do público. Os seus programas, abrangendo os diferentes estilos, do barroco ao contemporâneo, incluem frequentemente obras de Beethoven, Chopin, Janácek, Schubert, Liszt, Tchaikovsky, Scriabine, Shostakovitch, Messiaen, Schnittke, Lopes-Graça, e António Pinho Vargas. De música de Lopes-Graça são igualmente os seus últimos registos discográficos os quais mereceram referência destacada na crítica especializada, em Portugal e em Inglaterra.


Fernando Lopes-Graça (1906-1994)
Variações sobre um Tema Popular Português Epitalâmio (1ª audição absoluta)

Fryderyk Chopin (1810-1849)
Improviso em sol bemol maior, Op. 51

Fernando Lopes-Graça
Três Epitáfios: Para um céptico; Para uma donzela; Para o autor

Fryderyk Chopin
Prelúdio em mi menor, Op. 28 n.º 4

Fernando Lopes-Graça
Nocturno Op. 105 nº 5; Improviso Op. 146 nº 4

Fryderyk Chopin
Nocturno em si maior, Op. 62 nº 1

Fernando Lopes-Graça
Sonata nº 3


In this recital’s programme, the music of Fernando Lopes-Graça appears in distinct examples, alternating with others by Chopin. The reasons for this association can turn out to be quite surprising for some, but it undoubtedly stems from the deep-seated admiration Lopes-Graça harboured for the Polish composer.
In his article Evocação de Chopin (Evocation of Chopin), Lopes-Graça refers to him with words of unquestionable reverence: he is a pure artist, simple and humane. Most of all, it was Chopin’s love for the music of his people and the way in which he absorbed it, incorporating it into his musical discourse, that left the strongest impression in the Portuguese compose, becoming his paragon. In addition to the central role of the piano in his own background, his master, the great pianist Vianna da Motta, was another main reference that brought Lopes-Graça closer to the music of Chopin. But above all, as in Chopin’s, the dominant feature in the work of Lopes-Graça is the celebration of Man in its truest and most sublimated poetic form.