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dança27 e 28 de setembro de 2006
21h30 · Grande Auditório · Duração 3h00 com intervalo · 18 Euros (Jovens até aos 30 anos: 5 Euros. Preço único)

Young People,
Old Voices
de Raimund Hoghe


© Rosa Frank
Folha de Sala (pdf)

 

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Pier Paolo Pasolini escreveu sobre lançar o corpo na luta. As suas palavras inspiraram-me para subir ao palco. As minhas outras fontes de inspiração foram a realidade à minha volta, o tempo em que vivo, as minhas memórias da história, as pessoas, as imagens, os sentimentos e o poder e beleza da música, além do confronto com o próprio corpo que, no meu caso, não corresponde aos ideais convencionais de beleza. É importante ver corpos em cena que não correspondem à norma – não só por razões históricas, mas também por causa dos desenvolvimentos actuais que estão a conduzir os seres humanos para um estatuto de objectos de design. Quanto ao sucesso: o importante é podermos trabalhar e seguir o nosso caminho – com ou sem sucesso. O que faço é, simplesmente, o que tenho que fazer.

raimund hoghe

 

Ex-dramaturgo de Pina Bausch, Raimund Hoghe é considerado um dos grandes inovadores da dança contemporânea, graças a obras que utilizam a linguagem do teatro e do ritual. Foi em 1994 que se apresentou pela primeira vez em palco para o solo Meinwärts que forma com Chambre séparé (1997) e Another Dream (2000), uma trilogia sobre o século XX.

Em Young People, Old Voices, Hoghe e os seus convidados – doze jovens intérpretes – respondem às canções de Leo Ferré, Bette Davis, Jacques Brel, Dean Martin… Formam quadros vivos, simples, repetidos em diversos lugares do palco, até formar um acto dançado carregado de uma dimensão ritual. Marie-Christine Vernay escreveu, no jornal Libération, que esta peça é simultaneamente bela, sublime e magnífica.

 

Ficha Técnica
Conceito, Direcção e Coreografia Raimund Hoghe
Interpretação
Kristin Rogghe, Lorenzo De Brabandere, Emmanuel Eggermont, Charlotte Nightingale, Pascale Cuggia, Jonathan Drillet, Koen De Preter, Cécile Chatignoux, Sveinung Stølsnes, Patricia Souchar, Bérengère Bodin, Ken De Cooman e Raimund Hoghe
Colaboração artística
Luca Giacomo Schulte
Luzes
Amaury Seval, Raimund Hoghe
Som
Frank Strätker
Administração
Anne-Lise Gobin
Produção
Kaaitheater Brussels & Brugge 2002 – Capitale culturelle de l’Europe
Co-produção
Montpellier Danse, Springdance / Works Utrecht, Pumpenhaus Münster
Apoio
Ministerium für Wohnen und Städtebau, Kultur und Sport des Landes Nordrhein-Westfalen, Groupe Kam Laï (Paris)

 

Pier Paolo Pasolini wrote of throwing the body into the fight. These words inspired me to go on stage. Other inspirations are the reality around me, the time in which I live, my memories of history, people, images, feelings and the power and beauty of music and the confrontation with one’s own body which, in my case, does not correspond with conventional ideals of beauty. To see bodies on stage that do not comply with the norm is important – not only with regard to history but also with regard to present developments, which are leading humans to the status of design objects. On the question of success: it is important to be able to work and to go your own way – with or without success. I simply do what I have to do.

raimund hoghe

A former dramaturge for Pina Bausch, Raimund Hoghe is considered one of the great innovators in contemporary dance, owning to works that borrowed from the language of theatre and ritual.