Este conjunto de quatro sessões procura reflectir sobre os géneros artísticos, as suas transformações e interrogar-se sobre o destino da ideia de medium, a sua anulação numa ideia de arte em sentido lato, ou a sua sobrevivência.
Assim, desde a própria noção de arte em sentido amplo até às evoluções no campo da fotografia, da escultura e da pintura, é a natureza complexa e compósita da arte que se pretende debater, com particular atenção ao debate crítico que tem vindo a enquadrar estas temáticas.
Delfim Sardo é curador, docente universitário e ensaísta. Desde 1990 que se dedica à curadoria de arte contemporânea, bem como à ensaística sobre arte. Entre 2003 e 2005 foi Director do Centro de Exposições do Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Foi fundador e director da revista Pangloss. Entre 1997 e 2003 foi consultor da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 1999 foi o Comissário da Representação Portuguesa à 48ª Bienal de Veneza. Lecciona Estética na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, onde lecciona também nos Mestrados em Curadoria e Pintura. É também docente em programas de pós-graduação na Universidade Lusófona e na Universidade Católica do Porto. Colabora regularmente como ensaísta para publicações sobre arte e arquitectura, em Portugal e no estrangeiro.
Terça 30 de Janeiro
Utopia, espaço e arte em sentido lato
O século XX é atravessado por uma vaga de generalização das práticas artísticas que alimenta uma utopia da arte como um lugar absolutamente disponível. Qual a relação entre a arte contemporânea e os seus diferentes suportes? Que sentido existe para a noção de género artístico?
Terça 13 de Fevereiro
A pintura como exercício antropofágico
A pintura, durante o século XX, definiu-se como uma prática em permanente crise, com a morte repetidamente anunciada e um renascimento sempre esperançosamente vivido. Qual a relação entre pintura e imagem? Qual o relevo da pintura no actual contexto da produção artística?
Quinta 22 de Fevereiro
Sucumbir à gravidade
A escultura é uma prática artística que, pela enorme abertura e disponibilidade de processos e métodos, quase perdeu a possibilidade de reconhecimento. Dos Bourgeois de Calais de Rodin a Gregor Schneider: ainda se pode falar de escultura?
Terça 27 de Fevereiro
Um fotograma é uma fotografia?
A fotografia e a imagem projectada ocupam um sector muito importante da produção artística contemporânea, mas são também responsáveis por um retorno da vinculação ao real. Entre o documento e o monumento, quais os caminhos da imagem?
These four sessions will reflect on art genres and their changes, and consider the fate of the idea of this medium, its obliteration in a broad concept of art, or its survival.
Ranging from the broad concept of art to developments in photography, sculpture and painting, the aim is to discuss the complex and composite nature of art, focusing particularly on critical debate on such themes.
Delfim Sardo is a curator, lecturer and essayist. He has curated contemporary art exhibitions and written extensively on art.
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