Do What you have to do, 1994
Dois altifalantes, voz gravada
Vista da instalação no Museo de Arte Contemporâneo
de Vigo, 2006
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Paralelamente à
exposição retrospectiva do trabalho de Luisa Cunha
(Lisboa, 1949) na Casa de Serralves, e constituindo em certa medida
uma extensão dessa exposição, a Culturgest
apresenta duas peças sonoras que, por constrangimentos de
espaço, não encontraram ali o seu lugar. A primeira, Do what you have to do (1994), obra incontornável
no percurso da artista, foi apresentada uma única vez em
Portugal, justamente no ano em que foi realizada, no contexto da
exposição colectiva 20.000 Minutos de Arte, no Instituto
Superior Técnico, tendo sido ainda incluída na exposição
colectiva Invisible Show, que teve lugar no ano passado no Museu
de Arte Contemporânea de Vigo. Quanto a Turn around (2007),
trata-se de uma obra pensada há vários anos, mas só
agora concretizada, que prossegue as principais linhas de força
do trabalho da artista.
Desde o início da sua actividade, na primeira metade da década
de 1990, Luisa Cunha tem vindo a utilizar diversos meios: logo no
início e até hoje, a escultura e o som, mas também,
nos últimos anos, o desenho, a fotografia ou o vídeo.
As suas obras, partindo de uma observação da realidade,
convocam o corpo e o olhar do espectador. Nas duas obras que compõem
esta exposição, como em geral naquelas em que utiliza
o som (mais precisamente, a associação entre voz e
texto), a artista constrói, com extraordinária concisão
de recursos, uma precisão geométrica no uso da linguagem
e uma ironia felina, situações em que o espectador,
directamente interpelado, se torna simultaneamente sujeito da experiência
de percepção e objecto da própria obra.
Curadoria:
Miguel Wandschneider
Running parallel with a retrospective of Luisa
Cunha’s work at Casa de Serralves, Culturgest presents two
works which could not be included owing to lack of space. The first, Do what you have to do (1994), is central to her work and
has only been exhibited once before in Portugal. The other, Turn
around (2007), was planned many years ago but only produced now.
Since her début in the early 1990s Luisa Cunha has used various
mediums: originally sculpture and sound, but latterly drawing, photos
and video too. In these two works, as in most of those that use
sound, Luisa Cunha creates situations in which the spectator is
both the subject of the experience of perception and the object
of the work itself. |