A arquitectura tem vindo a ser para mim uma descoberta. E tem-se tornado num fascínio. Por isso este cruzamento com a música, proposto pela Trienal, se torna tão atraente e motivador. O desafio agora será compor para um trio clássico como este (piano, contrabaixo e bateria) relacionando a música quer com o espaço e o seu respectivo universo acústico, quer com a forma, ou a arte de delimitar esse mesmo espaço.
No caminho – que terminará com o disco e o concerto – irei procurar estabelecer as mais variadas relações entre a música e a arquitectura (espero escapar às mais óbvias) de uma forma que possa ser estimulante para quem as ouvir. O facto de não saber, ainda hoje, qual o destino dessa procura, ou viagem, só aguça a minha curiosidade pelo percurso.
mário laginha
Mário Laginha é considerado um dos músicos portugueses mais talentosos e inovadores. Pianista e compositor, foi distinguido com vários prémios e convidado a participar em inúmeros festivais nacionais e internacionais. Tocou e gravou com Wayne Shorter, Ralph Turner, Manu Katché, Trilok Gurtu, Toninho Horta, Gilberto Gil, Julian Argüelles, Django Bates, entre muitos outros, e também com a Hannover Philharmonic Orchestra.
Gravou em quinteto o disco Hoje (1994), o primeiro disco assinado em seu nome, em que compôs seis dos sete temas, um álbum que reflecte fortemente o seu estilo único. Envolveu-se em variadíssimos projectos e foi convidado a compor para pequenos e grandes ensembles, tais como NDR Big Band, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Sinfónica do Porto, Drumming Grupo de Percussão ou o Remix Ensemble.
Mas o trabalho em duo tem assumido uma importância central na sua carreira: Maria João, com quem já partilhou oito discos, Pedro Burmester, em Duetos e, a partir de 1999, Bernardo Sassetti, com quem gravou dois álbuns, Mário Laginha / Bernardo Sassetti em 2003 e Grândolas em 2004, no âmbito das comemorações dos 30 anos do 25 de Abril. Em 2006 saiu o seu primeiro trabalho a solo, Canções e Fugas, projecto que foi apresentado em estreia na Culturgest em 2005.
Piano Mário Laginha
Bateria Alexandre Frazão
Contrabaixo Bernardo Moreira
Co-produção Trienal de Arquitectura e Culturgest
Mário Laginha is one of Portugal’s most talented and innovative musicians. Pianist and composer, he has recorded with Wayne Shorter, Gilberto Gil and many others. His first CD under his own name was Hoje, and he has composed for the likes of the NDR Big Band, Oporto Symphony Orchestra and the Remix Ensemble. His first solo work was released in 2006, after being performed at Culturgest in 2005.
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