Por vários motivos, os teatros de ópera de todo o mundo apresentam, com regularidade, as obras que pertencem ao que foi estabelecido como o cânone que o público exige, ficando-lhes muito pouco espaço para oferecer criações que saiam desse número relativamente reduzido de obras. Inúmeras são as óperas que nunca tiveram oportunidade de se encontrarem com o público ou tiveram uma oportunidade fugaz. Isto é assim, relativamente às óperas de todos os tempos, incluindo, evidentemente as do século XX que por isso permanecem “injustamente esquecidas”.
Não se podendo trazer essas obras para o palco, que é o seu lugar, esta iniciativa dos “Amigos do S. Carlos” tem a enorme virtude de proporcionar o contacto possível com óperas que, por razões estranhas à sua riqueza dramática e musical, as pessoas em geral desconhecem. O que nos permite aumentar o nosso conhecimento sobre a criação operática descobrindo obras que, mesmo nos limites de uma conferência, nos podem deleitar.
31 de Janeiro
“Barbazuis”: Ariane et Barbe-bleue de Paul Dukas e O Castelo do Barba Azul de Béla Bartók, por João Paes
7 de Fevereiro
Daphne de Richard Strauss,
por Rui Vieira Nery
14 de Fevereiro
Padmâvati de Albert Roussel,
por Cristina Fernandes
21 de Fevereiro
Von Heute auf Morgen de Arnold Schönberg,
por Carlos Pontes Leça
28 de Fevereiro
Das Wunder der Heliane de E. W. Korngold,
por Eugénio Sena
14 de Março
O jogador de Sergei Prokofiev,
por Luis Tinoco
28 de Março
Pénélope de Gabriel Fauré,
por Alexandre Delgado
For a variety of reasons, opera-houses worldwide regularly perform works that have been established as the classics that the public wants to see, leaving little room for any others. Countless operas have only fleetingly (or never) had the chance to discover an audience. This obviously includes works from the 20th century that have been unfairly forgotten.
Although they cannot be staged, the “Friends of the S. Carlos Theatre” are making it possible for people to come into contact with operas that they generally do not know. This increases our knowledge of opera and reveals works that – even within the confines of a lecture – can still delight us.
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