A Torre de La Défense, quarta apresentação da KARNART C.P.O.A.A. em 2008, é um espectáculo baseado em La Tour de la Défense do dramaturgo argentino Copi (1939-1987).
Após a dupla abordagem de L’Homosexuel ou la difficulté de s’exprimer, em 2005 com três actrizes e em 2007 com três actores, num processo de pesquisa que visou investigar de que forma o género do intérprete influencia a criação de um personagem transgénero, a KARNART C.P.O.A.A. volta a Copi com um desconcertante texto que situa um casal gay, uma burguesa em ácidos e a sua filha, um travesti, um árabe e um americano na noite de passagem de ano de 1977, num apartamento do Bairro de La Défense, em Paris.
Jean, Luc, Daphnée, Micheline, Ahmed e John são o motor de uma complexa teia de encontros e desencontros. No húmus que este microcosmos social representa a KARNART encontra matéria-prima de primeira água para mais uma das suas criações artísticas de intervenção.
Prosseguindo a investigação do conceito em pesquisa no seio do colectivo desde a sua formação – o Perfinst©, neologismo resultante da união das quatro primeiras letras das palavras performance e instalação –, o espectáculo vê cada um dos dois actos do texto que lhe deu origem alicerçados nas linguagens das artes performativa e plástica. Enquanto o primeiro acto é centrado no trabalho do actor, sem recurso a adereços e com uma marcada intervenção de movimento, o segundo revela-nos um universo de instalação pura no qual os elementos teatrais existem como peças soltas.
Luís Castro
Concepção, direcção e instalação Luís Castro
Assistência plástica, caracterização e imagem de divulgação Vel Z
Produção executiva e desenho técnico Inês Costa
Tradução Olinda Gil
Movimento Joana Furtado
Figurinos Rute Pereira
Banda Sonora Fernando Ferrinho
Desenho de luz Paulo Cunha
Apoio à instalação Ugo Froes, Daniel Fernandes
Interpretação Margarida Cardeal, Martinho Silva, Miguel Costa, Miguel Loureiro, Patrícia Andrade e (na instalação) Mónica Garcez, Pedro Monteiro Lopes
Co-produção KARNART C.P.O.A.A. / Culturgest
Following L’Homosexuel ou la difficulté de s’exprimer, KARNART C.P.O.A.A. returns with another Copi play about a group of characters (including a gay couple, an Arab and an American) on New Year’s Eve in Paris. Jean, Luc, Daphnée, Micheline, Ahmed, John and Katia weave a complex web of encounters and misunderstanding.
The two-act play will be rooted in the plastic and performance arts. The first act concerns the work of the actor, while the second moves into the pure installation world.
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