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Dança · Sexta 14 e Sábado 15 de Março de 2008
21h30 · Palco do Grande Auditório· Duração (espectáculo em criação)

Solo a Ciegas
(con lágrimas azules)
De Olga Mesa


© Rémi Villagi (Frac Lorraine)

Folha de Sala (pdf)

Classificação: M/12

Voltar à criação a solo é sempre uma oportunidade para retomar o pulso íntimo da minha pesquisa, de voltar a tocar a essência do meu trabalho, ajudando-me a questionar as necessidades, a reflexão e os posicionamentos da minha criação actual.
Ainda é cedo para saber como se situará o meu corpo em cena neste novo trabalho, mas sinto um grande desejo de escutá-lo e senti-lo. “E agora vou deixar-
-me levar”, como dizia Mónica Valenciano numa das suas obras.
Uma parte importante das minhas reflexões e das minhas descobertas nasce da experiência vivida através deste corpo (que não é só meu) que se perde, se procura e se interroga. Princípios que nascem do instante, e a sua formulação.
Todos os olhares possíveis estão inscritos na memória de um corpo. A actual evolução do meu trabalho situa-se em todas estas fragmentações do espaço, real ou imaginário, e nas presenças que possa dar ao meu corpo nesta construção sempre em processo.
Olga Mesa

Coreógrafa e artista visual espanhola, Olga Mesa desenvolve actualmente a sua actividade entre Espanha e França, onde em 2005 criou a associação Hors Champ/Fuera del Campo e onde esteve em residência, no Théâtre Pole Sud, Estrasburgo, até ao Outono de 2006. Vários dos seus trabalhos têm sido apresentados em Portugal, nomeadamente, em anos recentes, as suas colaborações com o artista audiovisual catalão Daniel Miracle.

 

Conceito, coreografia, interpretação e vídeo Olga Mesa
Espaço sonoro a definir
Vídeo Mathieu Holler
Espaço de luz Isabelle Fuchs
Direcção técnica Christophe Lefèbvre
Direcção de produção Isabelle Fuchs
Produção Cie Olga Mesa /Association Hors Champ-Fuera de Campo; Centre Chorégraphique National de Tours
Co-produção Culturgest, Lisboa; CCN de Tours, França; O Espaço do Tempo, Montemor-o-Novo
Apoios Cidade de Estrasburgo

 

Creating solo again is always a chance to return to the essence of one’s work and take stock. Olga Mesa is unsure how her body will fit into this new oeuvre, but she is going to let herself be carried away. Many of her discoveries have been made via her own body – principles that are created in an instant. Her work’s current state of development depends on the presence she gives to her body in this ongoing constructive process.
Olga Mesa has acquired international recognition for her solos, for an original work with the camera brought on stage as well as for video-art films. Throughout her career, she has developed a special relationship with Portugal, as her works have been presented on a regular basis by numerous institutions and festivals (Montemor-O-‑Velho, Covilhã/Fundão, Lisboa).