Contracções, do jovem dramaturgo britânico Mike Bartlett, não podia ser mais actual nesta época de despedimentos e crise: até que ponto estamos dispostos a sacrificar a nossa vida para salvaguardar o nosso emprego?
Ema, uma jovem vendedora, assina um contrato com uma multinacional. No contrato é determinado o grau permitido de relacionamento de colegas dentro da empresa. Na peça de Mike Bartlett o assunto é levado até às últimas consequências, ao absurdo absoluto, mas a cada dia que passa parece-me mais realista.
Solveig Nordlund
Bartlett […] demonstra aqui um extraordinário talento para a sátira. Extraordinário porque esta peça para duas actrizes é muitas vezes ferozmente divertida ao mesmo tempo que é absolutamente estarrecedora – conseguindo o feito raro de ser tão rebuscada quanto deprimentemente plausível.
Dominic Cavendish
The Daily Telegraph, 20 de Junho de 2008
Solveig Nordlund começou a trabalhar no cinema como montadora, participando depois em vários filmes colectivos do Grupo Zero e estreando-se na ficção em 1978 com Nem Pássaro Nem Peixe. Realizou filmes sobre peças de teatro de Kroetz e Karl Valentin, em colaboração com o Teatro da Cornucópia. Fez as longas-metragens Dina e Django, Até Amanhã, Mário, Comédia Infantil, Aparelho Voador a Baixa Altitude e A Filha. É também realizadora de curtas-metragens e de documentários sobre escritores (Duras, Ballard, Lobo Antunes). Fundou a sociedade Ambar Filmes. Estreou-se na direcção teatral em 1998 com A Noite é Mãe do Dia de Lars Norén, tendo depois encenado Vai Vir Alguém e Sonho de Outono de Jon Fosse, Traições e Há Tanto Tempo de Harold Pinter, Uma Peça de Teatro de Erland Josephson e Os Antílopes de Henning Mankell.
Título original Contractions (2008)
Tradução Joana Frazão
Encenação Solveig Nordlund
Com Joana Bárcia e Cecília Henriques
Cenografia Ana Paula Rocha
Luz Acácio de Almeida
Produção Ambar Filmes
Co-produção Culturgest e Festival de Almada
Contractions, by young British playwright Mike Bartlett, is highly topical at this time of redundancies and crisis: to what point are we prepared to give up our lives to keep our jobs? Emma, a young saleswoman, has a contract with a multinational which specifies the kinds of relationships she can have with workmates. This is taken to its absurd extreme in the play, but with every passing day it seems more realistic.
The Daily Telegraph: ’Bartlett […] displays here an extraordinary gift for satire. Extraordinary because this two-hander is often ferociously funny while being absolutely appalling – pulling off the rare trick of being at once far-fetched and grimly plausible.’
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