Pormenor de Map (DDDF), 2008
Jornal da exposição (pdf)
Conversa com Stuart Bailey (Dexter Sinister)
e Mário Moura
Auditório da Faculdade de Belas-Artes
da Universidade do Porto
Quinta-feira, 23 Abril, 18h00
Conversa com Stuart Bailey e Jan Verwoert
Culturgest Porto
Sábado, 16 Maio, 18h00
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Tendo sido criada em 2000, a revista Dot Dot Dot (DDD) não tardou a consolidar-se como referência fundamental, e mesmo projecto de culto, nos campos da arte e do design. A revista distingue-se pela sua abordagem eclética e inusitada, fora dos protocolos académicos ou bem-pensantes, aos mais diversos assuntos, não apenas nos domínios estritos da arte e do design, mas também da música, da linguagem, da literatura, ou da arquitectura.
O projecto expositivo Extended Caption (DDDG) propõe uma densa e rizomática rede de relações, tanto formais quanto semânticas, entre cerca de 50 itens cuja ligação objectiva reside no facto de todos eles terem aparecido nas páginas da revista. Esta colecção compõe-se de objectos muito diversos, geralmente provenientes do século XX, encarados como material de origem, isto é, artefactos originais, e não como reproduções ou representações. Ao contrário do papel de meras ilustrações que lhes é outorgado na publicação, onde surgem frequentemente reproduzidos de forma ambivalente e com um estatuto subalterno relativamente aos textos que os contextualizam, esses objectos surgem aqui despidos de qualquer enquadramento: falam por si mesmos. Nas palavras de Stuart Bailey, “para ser mais preciso, é uma situação semelhante a obrigar um grupo de miúdos que não se conhecem a brincar juntos no recreio.”
Esta é a sexta versão do projecto expositivo DDD, e segue-se às apresentações na Bienal de Lyon em 2007 e no Kunstverein de Munique no ano passado. Trata-se de um projecto em constante mutação, inclusive nos seus conteúdos, adaptando-se de modo específico às circunstâncias e aos espaços expositivos.
Having been created in 2000, the magazine Dot Dot Dot (DDD) did not take long to become established as a fundamental reference, and indeed a cult project, in the fields of art and design. The magazine was noted for the eclectic and unusual approach that it adopted, operating outside the agreed protocols of the polite academic mainstream, to the most diverse subjects, not only in the strict domains of art and design, but also in the worlds of music, language, literature or architecture.
The project for the exhibition DDD proposes a dense and rhizomatic network of relationships, both formal and semantic, between roughly 50 items whose objective connection lies in the fact that all of them have appeared in the pages of the magazine. This collection is composed of very diverse objects, generally drawn from throughout the 20th century and regarded as source material, that is, original artefacts rather than reproductions or representations. Contrary to their published role as mere illustrations, often ambivalently reproduced and distinctly secondary to their contextualising texts, here they are stripped of any frame and left to speak for themselves. In Stuart Bailey’s own words, “it is most accurate to consider this closest to forcing a bunch of unintroduced kids together in a playground.” |