Vamos fazer uma peça sobre adolescentes
mas sobre muito mais que adolescentes
que se sentem como adolescentes durante a adolescência:
sobre o caos total nas nossas cabeças,
a vontade de ir longe demais, borbulhas
e dúzias de outros assuntos que vão enriquecer as vossas vidas
Vamos derrubar as barreiras entre o modo como estamos em palco e fora dele
Vamos actualizar a definição de puberdade
Damo-vos cabo do juízo, mas por uma vez vão perceber porquê
Vamos tornar supérflua toda a outra arte sobre a adolescência
Vão achar que nós somos super cool.
Quando era mais novo, Alexander Devriendt participou em vários espectáculos de e para adolescentes, mas sempre se divertiu mais fora de cena. Aqui procurou o inverso.
Em Once and for all…, sensação do último Festival de Edimburgo, a energia pura dos intérpretes, visível em palco, não é tratada como força destruidora, mas como prazer de ultrapassar e explorar os limites, sem que ninguém venha dizer como ou porquê.
[…] puro magnetismo animal, um choque suado de adrenalina que capta a energia inquieta de ser adolescente e o abandono absurdo e temerário de estar permanentemente à beira da prancha de mergulho mais alta. […] É um extraordinário objecto teatral, astutamente coreografado para parecer completamente não-coreografado e loucamente manipulador. Mas da melhor maneira possível. É um espectáculo sem reservas.
Lyn Gardner
The Guardian, 27 de Outubro de 2008
Encenação Alexander Devriendt
Com Aaron De Keyzer, Barbara Lefebure, Charlotte De Bruyne, Christophe De Poorter, Dina Dooreman, Edith De Bruyne, Edouard Devriendt, Elies Van Renterghem, Febe De Geest, Helena Gheeraert, Ian Ghysels, Koba Ryckewaert e Nathalie Verbeke
Texto Joeri Smet e Alexander Devriendt
Dramaturgia Mieke Versyp
Cenografia e figurinos Sophie De Somere
Desenho de som Stijn De Gezelle
Desenho de luz Jeroen Doise
Apoio Governo Flamengo, província da Flandres Oriental e cidade de Gent
Estreia 25 de Abril de 2008, Gent
Once and for all we’re gonna tell you who we are so shut up and listen shows thirteen teenagers who are rebellious, try to grasp themselves, behave aggressively, feel vulnerable, are cool, play like children, but are sometimes surprisingly adult.
“[…] pure animal magnetism, a sweaty adrenaline rush that captures the restless energy of being a teenager and all the absurd, reckless abandon of being poised permanently on the brink of the high diving board. […] It is an extraordinary piece of theatre, cunningly choreographed to feel completely unchoreographed and madly manipulative. But in all the right ways. It is a show that doesn’t hold back.”
Lyn Gardner,
The Guardian, 27 October 2008
|