Arquivo


Música · Sexta 9 de Janeiro de 2009
21h30 · Grande Auditório· Duração aprox. 1h30

Paco Ibáñez
em Concerto


Folha de Sala (pdf)

Classificação: M/12

Paco Ibáñez nasceu em Valência em 1934. Viveu grande parte da sua vida no exílio, em França. Em criança, acompanhando os seus pais; quando adulto, por pressão do regime de Franco, que o proibiu de cantar em qualquer local de Espanha.
Em Paris descobre a música de Georges Brassens e de Atahualpa Yupanqui, duas referências maiores na sua formação artística e ideológica. No final dos anos 1950, ao compor uma canção sobre um poema de Góngora, encontra o seu caminho – escrever canções com base em poemas de grandes autores espanhóis e interpretá-las, quase sempre sozinho, com a sua guitarra.
Canções em que a força da palavra cantada “é uma arma carregada de futuro”. Canções que falam do exílio e da liberdade, da luta e da esperança, da violência e da alegria. Ibáñez, segundo Vasquez Montalbán, “pratica constantemente a provocação cultural, a crítica dura e directa contra os inimigos sucessivos da emancipação individual e social”.
Ouvi-lo, agora que tem 74 anos e permanece lutando pelos mesmos ideais, continua a ser uma experiência emocionante, um tempo de reflexão, sobre a nossa vida e sobre a nossa responsabilidade perante os outros. Nas palavras de Goytisolo, às quais Paco Ibáñez juntou uma música tão bela, “nunca te entregues, ni te apartes, / junto al camino, nunca digas / no puedo más y aquí me quedo. / Outros esperan que resistas. / Que les ayude tu canción”. Ou, como diz Blas de Otero, noutro poema que Paco musicou, “quando tudo perdermos, ainda resta a palavra.”
Este concerto é sobre o poder da palavra. Num mundo tão incerto, em que tudo se passa a uma velocidade desmedida, em que só com esforço alguns conseguem parar para pensar, vale a pena ouvir os poemas tão fortes e, por vezes, comoventes, que Paco Ibáñez tão bem canta. Com a sua voz e a sua guitarra.

Consulte o site de Paco Ibáñez em www.aflordetiempo.com

 

Voz e guitarra Paco Ibáñez
Guitarra Mario Mas
Cenografia Frederic Amat
Desenho de luz Albert Faura
Operação de som Jordi Salvado
Produção A Flor de Tiempo

 

Paco Ibáñez was born in Valencia, Spain, in 1934 but lived for many years exiled in France, where he discovered the music of Brassens and Atahualpa Yupanqui. In the 1950s he began writing songs of exile and freedom, struggle and hope, violence and joy, based on the poems of great Spanish writers, which he performed accompanied by his own guitar. At 74 he still fights for the ideals that he has always championed, and his show is still exciting: it is an opportunity to reflect on our own lives and our responsibility to others; it evokes the power of words. Paco Ibañez sings striking and often moving poems – with both his voice and his guitar.