Arquivo


Dança · Sexta 23 e Sábado 24 de Janeiro de 2009
21h30 · Grande Auditório· Duração aproximada 1h30

parades & changes, replays
Anna Halprin/Anne
Collod & Guests


© Jérôme Delatour
Classificação: M/12

A partir dos anos quarenta, a coreógrafa Anna Halprin desenvolveu na Califórnia uma das aventuras artísticas mais radicais e fecundas do século XX. Improvisação, criação colectiva, entrada dos gestos quotidianos e da noção de ‘tarefa’ no campo da dança, trabalho na natureza e sobre a nudez, envolvimento nas grandes lutas políticas e sociais, elementos que estão na base da ‘performance’ e que influenciaram de forma determinante a dança pós-moderna americana.
Verdadeira ‘cerimónia da confiança’, Parades & Changes, obra cimeira de 1965, põe a nu o processo, o lugar, a acção e o próprio performer. Baseada na improvisação estruturada e na utilização de partituras (scores) como utensílios de criação e de escrita coreográfica, a peça desenvolve uma série de ‘paradas’ que atravessam o espaço teatral e joga com acções do quotidiano alteradas, corpos sonoros, viagens de objectos, temporalidades distendidas e sensorialidades múltiplas.
Em diálogo com Anna Halprin, Anne Collod e um grupo de coreógrafos/performers de primeiro plano actualizam os múltiplos cenários desta obra aberta. Propõem uma reinterpretação extensiva que permite ao público descobrir a dimensão total desta peça que esteve interdita durante vinte anos nos Estados Unidos devido ao uso da nudez.
“A beleza perturbante destas composições para corpos, música, cores, sons, palavras e acções quotidianas opõe-se magistralmente ao conceito de não-dança que os reaccionários de hoje agitam”. O vigor e a espantosa frescura desta recriação, que reactiva alguns dos questionamentos mais actuais, restituem com brilho a obra de Anna Halprin ao lugar crucial que lhe pertence na dança e na performance.

 

Uma reinterpretação de Parades & Changes, peça de Anna Halprin criada em colaboração com Morton Subotnick (1965)
Conceito e direcção artística Anne Collod (em diálogo com Anna Halprin e Morton Subotnick) Reinterpretação e performance Boaz K Barkan, Nuno Bizarro, Alain Buffard, Anne Collod, DD Dorvillier, Vera Mantero
Música Morton Subotnick com assistência de Sébastien Roux
Colaboração artística Cécile Proust
Luz Mikko Hynninen
Figurinos Misa Ishibashi
Cenografia Misa Ishibashi, Alain Gallissian
Elaboração gráfica das partituras Mathias Poisson
Direcção técnica e de som Nicolas Barrot
Trabalho rítmico Jean-Luc Landsweerdt
Trabalho vocal Anne-Laure Poulain
Produção executiva Camille Desjardins, Marie Roche, Henri Jules Julien
Uma produção …& alters
Co-produção Festival d’Automne à Paris, Les Spectacles vivants – Centre Pompidou, Biennale de la Danse de Lyon, Centre National de Danse Contemporaine d’Angers, Le Manège de Reims – Scène Nationale, Centre Chorégraphique National de Montpellier Languedoc Roussillon
Apoio financeiro New England Foundation for the Arts, FUSED, French American Cultural Society, ADAMI, DRAC Île de France, SPEDIDAM, Fondation Beaumarchais, CulturesFrance, Services culturels, Consulat Général de France à San Francisco, Services culturels, Ambassade de France aux USA
Apoio Culturgest, Le Vivat Scène Conventionnée d’Armentières, Micadanses Paris – Les Laboratoires d’Aubervilliers
Agradecimentos Jacqueline Caux, Folke Rabe, John Graham, Sherwood Chen, Tanguy Accart, Laurène Blanckaert, La revue Eclair, Alain Michard, Gaëlle Bourges, Angèle Legrand, Beryl Breuil, Solène Levasseur, Aline Landreau, Javiera Peon-Veiga, Marie Carteri.

 

In the 1940s Anna Halprin began a hugely fertile choreographic adventure involving improvisation, daily actions, nudity, and political and social struggle. It had a decisive influence on post-modern American dance.
1965’s Parades & Changes is based on structured improvisation: a series of parades criss-crosses the theatre and interplays with altered everyday actions and time.
In dialogue with Halprin, Anne Collod and other leading choreographers /performers have re-interpreted the work, which was banned for 20 years in the US for its nudity. This vigorous recreation restores Halprin to her pivotal place in dance and performance.