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Teatro · Quarta 17, quinta 18 e sexta 19 de junho de 2009
21h30 · Palco do Grande Auditório· Duração 1h00

Silenciador
De Jacinto Lucas Pires. Um espectáculo do Teatro Oficina.


© Pedro Vieira de Carvalho

Folha de Sala (pdf)

Classificação: M/12

Dois detectives, próximos como irmãos, vivem o dia-a-dia de funcionários públicos numa espécie de estado policial do futuro. Um lugar muito “pós-moderno”, “pré-fabricado”, “português-suave”. Há um crime no seio da elite, o assassínio de um homem importante, uma “personagem”. E aí, bangue-bangue!, começam as perguntas. Quem é o morto ao certo? É mesmo o empresário público que os jornais descrevem em notícias breves, nas páginas da sociedade? Ou alguém mais perigoso? Um “agente comunicador”? Um supermarqueteiro? Um espião interno-duplo? Num tempo que ecoa os anos 50 do film noir e o futuro de alguma ficção científica, gente à volta de um mistério. Dois homens num escritório a trabalhar e de repente – uma mulher. Uma estrangeira que fala de outra maneira a língua oficial do estado. Uma incapacidade, um indício ou um truque? (A palavra como lugar último da resistência e da subversão?) Uma peça de teatro onde se joga com os vários monumentos óbvios das histórias policiais. Pouca luz, diálogos curtos, muito artifício, chapéus, cigarros. O mistério é resolúvel pela linguagem?

Esta é a mais recente peça de Jacinto Lucas Pires, aqui na sua apresentação lisboeta. O livro foi editado pela Cotovia.
Jacinto Lucas Pires publicou livros como Azul-turquesa (ficção, 1998), Abre para cá (contos, 2000), Livro usado (viagem ao Japão, 2001), Escrever, falar (teatro, 2002), Do sol (romance, 2004), Figurantes (teatro, 2005), Perfeitos milagres (romance, 2007) ou Assobiar em público (recolha de contos, 2008), sempre na Cotovia. Escreveu e realizou as curtas-metragens Cinemaamor (1999) e B.D. (2004). Escreveu várias peças de teatro, entre as quais Universos e frigoríficos, Arranha-céus, Coimbra b e Os vivos, tendo trabalhado com encenadores como Manuel Wiborg, Ricardo Pais, Marcos Barbosa e João Brites. Na Culturgest, escreveu para os PANOS 2006 Octávio no Mundo.
Marcos Barbosa é fundador de .lilástico, onde encenou peças de David Mamet, Jacinto Lucas Pires e José Tolentino Mendonça. Trabalhou no México, em Monterrey, onde encenou textos de Sinisterra e Mário Cantú, bem como Oximoro, de sua autoria. Encenou as óperas Così Fan Tutte e Ópera dos Três Vinténs. É director artístico do Teatro Oficina de Guimarães. Na Culturgest encenou, em 2006, Thom Pain / Lady Grey, de Will Eno.

 

Encenação Marcos Barbosa
Com Diana Sá, Emílio Gomes e Ivo Bastos
Assistência de Encenação Leonor Zertuche
Cenografia e Figurinos Sara Amado
Iluminação Pedro Carvalho
Som e Música Sérgio Delgado
Produção executiva Teatro Oficina
Estreia 9 de Outubro de 2008, Centro Cultural Vila Flor (Guimarães)

 

Two detectives live in a kind of future police-state. An important man is murdered and questions are raised. Who really is the dead man? Is he the man we think he is, or someone more dangerous? The play is a combination of film noir and science-fiction. Two men are working in an office and a woman appears – a foreigner who speaks the official state language in a different way. Is it a handicap, a clue or a trick?
Silenciador, Jacinto Lucas Pires’ latest play, pays homage to bygone detective tales: low lighting, short dialogues, hats, cigarettes. Can the mystery be solved by language?