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2010


Histórias
da Imortalidade
destaque
Adaptado da versão portuguesa de Pedro Tamen do Épico de Gilgamesh
CONFERÊNCIAS
DE SEG 5 A SEX 9 DE ABRIL
Pequeno Auditório
Entrada gratuita
Levantamento de senha de acesso 30 minutos antes do início de cada sessão, no limite dos lugares disponíveis. Máximo: 2 senhas por pessoa.
Mais info
5 de Abril (pdf)
6 de Abril (pdf)
7 de Abril (pdf)
8 de Abril (pdf)
9 de Abril (pdf)
Informações
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
Tripadvisor
Mais opiniões sobre Culturgest.

apoio
Organização CEHFCI – Centro de Estudos de História e Filosofia da Ciência
Concepção Clara Pinto Correia

Ciência que vende jornais:
Sobre a Imortalidade e as suas novas roupagens

A Fonte da Eterna Juventude consta de praticamente todas as narrativas de viagem medievais, assim como a Pedra Filosofal consta de outros tantos manuais de alquimia. Temos connosco um legado riquíssimo, prático e teórico, de filtros da vida eterna e de poções de imortalidade. Nos nossos dias, acreditámos, uma vez e mais outra, e mais outra, que as grandes vitórias da ciência iam proporcionar-nos um mundo muitíssimo mais agradável, ao mesmo tempo que os milagres da medicina iam oferecer-nos uma vida longa e digna, imensamente gratificante.
Tantas desilusões mais tarde, porque é que continuamos a acreditar num mesmo sonho, que no entanto sabemos ser parte integrante de uma mitologia humana com dezenas de faces? Agora é a clonagem terapêutica com cultura de células estaminais humanas que vai rejuvenescer-nos os órgãos, são as capacidades regenerativas dos répteis ou dos crustáceos que vão ensinar-nos a recuperar intactos de acidentes que de outra forma nos tornariam tetraplégicos, é um cientista português que garante nas notícias da manhã que seremos imortais daqui a cem anos, depois é um cientista americano que afirma que um século é excesso de zelo: mais vinte anos e a imortalidade estará assegurada. Isto, obviamente, vende jornais – e, como tal, prolifera nas capas das revistas, nas páginas centrais da imprensa, nas vozes da rádio, nas entrevistas televisivas (que, significativamente, nunca são debates): esta é a ordem do dia, e quase ninguém está em paz com ela.
Viver mais anos em boa saúde? Óptimo, mas quantos anos, a que preço – e alguém pressupõe que as condições de acesso ao bem-estar vão ser as mesmas em todas as partes do mundo?
E agora, vários degraus acima, quem é que quer mesmo viver para sempre? É verdade que ninguém gosta da Morte. Mas alguém está preparado para a Eternidade? O ciclo de conferências Histórias da Imortalidade lida com todas estas questões, dos desenvolvimentos científicos aos enquadramentos religiosos.
Clara Pinto Correia

 

Seg 5 de Abril
17h00
A imortalidade nas religiões do mundo
Paulo Mendes Pinto · Universidade Lusófona
18h30 Viver para sempre, moda e credulidade
Clara Pinto Correia · Universidade Lusófona, Centro de Estudos de História e Filosofia da Ciência

 

Ter 6 de Abril
17h00
Imortalidade na Idade Média
Ana Maria Rodrigues · Universidade de Lisboa
18h30 A imortalidade na mundividência cristã
Peter Stilwell · Universidade Católica

 

Qua 7 de Abril
17h00
O Presente é a Eternidade:
a imortalidade na cultura popular urbana

Rui Trindade · Lic. em História, tem sobretudo trabalhado em comunicação, quer no jornalismo, quer na produção de eventos
18h30 Evolução e Imortalidade
Teresa Avelar · Universidade Lusófona

 

Qui 8 de Abril
17h00
Vida, Morte, Ciência e Tecnologia
Jorge Marques da Silva · Universidade de Lisboa, Fac. de Ciências
18h30 As tradições são imor(t)ais
José Ramalho · actor, marionetista, encenador; colaborador
do Instituto de Estudos de Literatura Tradicional
da Universidade de Lisboa

 

Sex 9 de Abril
17h00
Vida – Contrariar a Morte
Eduardo Crespo · Universidade Lisboa, Fac. Ciências
18h00 Cancer from Nixon to Obama: America’s Longest War
Dominic Poccia · Amherst College, Massachusetts, EUA
Conferência em inglês, sem tradução.

The Fountain of Youth appears in almost every Medieval travel tale, just as the Philosopher’s Stone appears in almost every alchemy manual. Now we think that science will offer a better world and that medical miracles will result in a long and happy life. After so many disappointments, why do we still believe?
Living longer is fine, but how long and at what price? Then again, who wants to live forever? We might not want to die, but are we prepared for eternity?