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2010


Pedro Diniz Reis
Um dicionário,
quatro alfabetos,
um sistema decimal
EXPOSIÇÃO
DE 13 DE NOVEMBRO
A 22 DE JANEIRO DE 2011
INAUGURAÇÃO
12 DE NOVEMBRO, 22H00
Culturgest Porto
Entrada gratuita
Visitas guiadas a grupos escolares e/ou organizados
(a partir de 10 pessoas)

Inscrições e informações:
Tel. 22 2098116 · Fax. 22 2098121 susana.sameiro@cgd.pt
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Alphabet (Russian), 2005-2006
Vídeo, preto e branco, som estéreo, 20’34’’
Curadoria Miguel Wandschneider
Desde o início da sua trajectória artística, no final da década de 1990, Pedro Diniz Reis (Lisboa, 1972) tem utilizado predominantemente o vídeo no seu trabalho, a par de incursões mais ou menos frequentes por outros media, como a fotografia, a performance e o som. Os seus vídeos resultam de um processo laborioso, em que o domínio irrepreensível e a experimentação das ferramentas de edição de imagem e som se aliam a um rigor formal obsessivo. Nesta exposição, são apresentados cinco vídeos e uma peça sonora, que desvendam, em todas as suas variantes, uma linha de investigação dentro do trabalho do artista, desenvolvida entre 2004 e 2010. Estas obras caracterizam-se pela utilização de signos linguísticos (diferentes alfabetos, todas as palavras de um dicionário inglês, os números de 0 a 9 ditos em japonês) em processos de composição visual e sonora que aplicam determinadas regras de combinação e sequenciação dos elementos para gerar automaticamente resultados que escapam à subjectividade do artista. Tomando os signos linguísticos como matéria abstracta, puramente significante, Pedro Diniz Reis reactiva, de um modo muito particular, as tradições da poesia visual e da música concreta e aleatória, convidando o espectador a uma experiência sensorial fortemente imersiva.
Since the beginning of his artistic trajectory at the end of the 1990s, Pedro Diniz Reis (Lisbon, 1972) has mainly used video in his work, together with occasional experiments with other media, such as photography, performance and sound. His videos are the result of an extremely painstaking process, in which his irrepressible mastery and experimentation with the resources offered by this medium are allied to an obsessive formal rigour, enveloping the spectator in an intense sensory experience. Many of these works are made of images and sounds extracted from films and music videos, organised into non-narrative visual and sound compositions and sequences. Five videos and a sound piece are presented at this exhibition, revealing the full range of a research line that was developed within the artist’s work between 2004 and 2010. These works are characterised by the use of linguistic signs (different alphabets, all the letters and words of a dictionary in English, the numbers from 1 to 10 spoken in Japanese) to explore processes of visual and sound composition in which the application of rules for the combination and sequencing of the different elements generates random results beyond the artist’s subjectivity. This is a cycle of works that remains unknown (only one work was exhibited) and whose relevance this exhibition is intended to underline.