Pedro e Maria estão desempregados e o Filho tem pesadelos com o mundo. Para resolver os dois problemas, Pedro tem a ideia de começar uma religião. Miraculosamente, a micro-empresa familiar torna-se um sucesso, mas os pesadelos continuam. Pulsões estranhas, palavras novas, imagens apanhadas do ar por um Filho sem idade e sem nome. Talvez a coisa só vá lá com acção. Talvez a religião tenha de descer à terra. Talvez seja preciso entrar na política. Será que Pedro vai conseguir? E Maria? E o Filho? E os outros? E nós? Sagrada Família é a nova peça de Jacinto Lucas Pires: uma história de amor, desejo, religião, política. Isto é, poder. Com esta encomenda (co-produzida pelo Teatro Viriato), a Culturgest quis proporcionar ao autor tempo para escrever sem equipa artística definida nem a pressão de uma data de estreia, assim como oportunidades para discutir o seu trabalho em progresso. Catarina Requeijo, que já tinha sido a actriz de Coimbra b, estreia-se na encenação.
Jacinto Lucas Pires nasceu em 1974. Publicou livros como Azul-turquesa (ficção), Abre para cá e Assobiar em público (contos), Livro usado (viagem), Escrever, falar e Figurantes (teatro), Do sol e Perfeitos milagres (romances), sempre na Cotovia. Escreveu e realizou as curtas-metragens Cinemaamor e B.D. Escreveu várias peças de teatro, entre as quais Universos e frigoríficos, Arranha-céus, Coimbra b e Os vivos, tendo trabalhado com encenadores como Manuel Wiborg, Ricardo Pais, Marcos Barbosa e João Brites. Escreveu Octávio no mundo para os PANOS 2006 da Culturgest; em 2009, foi aqui apresentada a sua peça Silenciador.