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2010


Para o cego no quarto escuro à procura do gato preto que não está lá
For the blind man in the dark room looking for the black cat that isn’t there
Curador: Anthony Huberman
EXPOSIÇÃO
DE 29 DE MAIO
A 29 DE AGOSTO
Galeria 1
2 Euros · Bilhete único para as exposições
Visitas guiadas
Domingos, 30 de Maio, 20 de Junho e 25 de Julho, 17h
Informações
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
apoio
destaque
Bruno Munari, Procurando conforto numa cadeira desconfortável, 1968. Cortesia Laterza Edizioni.
Anónimo, Dave Hullfish Bailey, Marcel Broodthaers, Sarah Crowner, Mariana Castillo Deball, Eric Duyckaerts, Ayşe Erkmen, Hans-Peter Feldmann, Peter Fischli & David Weiss, Rachel Harrison, Giorgio Morandi, Matt Mullican, Bruno Munari, Nashashibi/Skaer, Falke Pisano, Jimmy Raskin, Frances Stark, Rosemarie Trockel, Patrick van Caeckenbergh e David William

Começamos na Grécia Antiga com Sócrates anunciando: “sei que nada sei”. Com efeito, a confusão esteve sempre no âmago da sabedoria. Muitos séculos mais tarde, deparamos com uma afirmação que muitos atribuíram a Charles Darwin: “Um matemático é como um cego num quarto escuro à procura de um gato preto que não está lá”. Sendo um cientista empenhado em catalogar, explicar e caracterizar de forma clara a natureza, Darwin parodiava a incapacidade do matemático para descrever o mundo físico em termos que não fossem abstractos e especulativos.
For the blind man… celebra a natureza especulativa do conhe­cimento e advoga o primado da curiosidade sobre a compreensão. Se, por um lado, os artistas incluídos na exposição partilham a nossa urgência de compreender o mundo, por outro, eles estão também empenhados em separar a arte da explicação. Na sua dimensão especulativa, as obras apresentadas aludem a uma busca do conhecimento, ao mesmo tempo que insistem no facto de a arte não ser um código que necessita de ser decifrado. Incorporando um espírito lúdico de não conhecimento, de desaprendizagem e de confusão produtiva, For the blind man… é dedicada à mente inquisitiva e aos prazeres de encontrar o nosso caminho na escuridão.
A exposição, organizada pelo Contemporary Art Museum St. Louis, termina o seu percurso na Culturgest, depois de ter sido apresentada, em diferentes versões, naquela instituição, no Museum of Contemporary Art de Detroit, no ICA de Londres e no centro de arte De Appel em Amesterdão.

We begin in Ancient Greece, with Socrates announcing, “I know that I know nothing”. Clearly, confusion has always been at the heart of wisdom. Centuries later comes a statement many have attributed to Charles Darwin: “A mathematician is like a blind man in a dark room looking for a black cat that isn’t there”. As a scientist committed to cataloguing, explaining, and drawing a clear picture of nature, Darwin mocked the mathematician’s inability to describe the physical world in anything but abstract and speculative terms.
For the blind man… celebrates the speculative nature of knowledge and proposes that curiosity matters more than understanding. While the artists featured in the exhibition all share our common urge to understand the world, they are also eager to keep art separate from explanation. As speculations, the works on view each allude to a search for knowledge, while insisting that art is not a code that needs cracking. Embodying a spirit of playful non-knowledge, unlearning, and productive confusion, For the blind man… is dedicated to the inquisitive mind and to the pleasures of finding our way in the dark.
The exhibition is organized by the Contemporary Art Museum St. Louis and has been previously presented, under different guises and forms, in that institution and the Museum of Contemporary Art in Detroit, the ICA in London and De Appel arts centre in Amsterdam.