Nas cosmogonias mais tradicionais, bem como em muitas histórias sociais, os tempos anteriores apareciam sempre descritos e moldados por uma aura positiva – às vezes mesmo designados como de ouro – comparativamente aos tempos presentes. George Steiner numa análise cultural de enorme sofisticação provou o contrário, em especial no que diz respeito ao confronto do século XIX com o século XX. O Editorialista Fareed Zakaria, por sua vez, numa análise fina mas sustentada em factos e números, afirma que o mundo nunca foi tão pacífico como na actualidade e nunca houve tanto progresso humano. E contudo, a percepção que temos do quotidiano ou a avaliação sistemática que as actuais obras de culto fazem do mundo actual tipificam-se num atlas de acontecimentos que se sucedem uns aos outros sem futuro e padecendo de amnésia colectiva. Será mesmo assim? Ou são os paradigmas em mutação que ainda não nos deixam ver e ler o que há para ver e ler? O que se passa em concreto nas práticas de cultura contemporânea, no urbanismo, na arquitectura, na literatura ou nas novas formas de empregabilidade como é o caso do trabalho invisível? O que se passa nos novos mundos?
António Pinto Ribeiro
5 de Maio
A difusão como um horizonte de possibilidades
António Pinto Ribeiro
Ex-director artístico da Culturgest, programador e ensaísta
12 de Maio
Experiência e insignificância
Helena Buescu
Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
19 de Maio
Sobre-determinação da proposta de Holl para o Museu de arte contemporânea de Helsínquia
João Figueira
Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa
26 de Maio
Trabalho manual e trabalho intelectual: precariedade, dignidade e reconhecimento social
Luisa Veloso
Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa