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2010


PANOS
palcos novos
palavras novas
destaque
© Folha
TEATRO
SEX 14, SÁB 15, DOM 16
DE MAIO
Pequeno Auditório e
Palco do Grande Auditório · M12
2,5 Euros (preço único)
Informações
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
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Cenofobia de André e. Teodósio (Teatro Praga)

Belavista de Lisa McGee

Apanha-Bolas de Rui Cardoso Martins

PANOS é um projecto da Culturgest que reúne a nova dramaturgia e o teatro escolar ou juvenil. Cumpre este ano a sua quinta edição, e há em todo o país quarenta grupos participantes que decidiram encenar uma das três peças que lhes propusemos: dois originais portugueses e um texto traduzido do Connections 2009, programa do National Theatre de Londres em que nos inspirámos. Textos com duas obrigações apenas: são escritos para ser representados por adolescentes e o tempo previsto do espectáculo não deve ultrapassar os 60 minutos.


Cenofobia
Cenofobia, de André e. Teodósio (Teatro Praga), é um texto que começa por quebrar a regra dos PANOS que diz que o texto escolhido deve ser representado sem cortes nem alterações. Um texto maluco para gente maluca, um texto que dá trabalho, uma experiência comunitária, da mesma matéria que é feita a vida. Os criadores escolhem o que vai ser apresentado (o quê, quem, como). Exige-se a abolição de hierarquias, uma hospitalidade constante e um amor dedicado. Este é um Do It Yourself críptico sem grandes moralismos para os Andrés e Andreias que são atirados para cena e, regidos por um André invisível, okupam o espaço de onde querem desaparecer – sem saber que repetem a história desse outro André.

 

Belavista
Belavista, a peça do Connections escrita por Lisa McGee e traduzida por Alexandra Barreto, é sobre o fascínio pelo que é real e o que é imaginado. É ainda uma peça sobre a solidão, e como contar histórias ajuda a diminuí-la. O público é transformado em detective, procurando distinguir o que é facto do que é ficção. No centro da história está Liliana. Uma doença não lhe permite sair do quarto, e a janela é a única ligação ao mundo exterior, de onde observa os seus vizinhos e passa o tempo a inventar histórias sobre eles. Um encontro fora do normal com Dara, outra rapariga do bairro, dá origem a uma amizade entre as duas adolescentes, com consequências tão hilariantes quanto perigosas.

 

Apanha-Bolas
Apanha-Bolas, de Rui Cardoso Martins, fala da catástrofe pessoal e irreversível que cai sobre alguém que faz a coisa certa quando toda a gente, nesse instante, esperava que ela fizesse o que está errado. Quatro anos depois dum campeonato do mundo de futebol, um rapaz com 15 ou 16 anos recorda o dia da final. Ele estava no estádio como apanha-bolas e a equipa do seu país, organizadora do mundial, está empatada no fim prolongamento. Já nos “descontos”, a bola salta do campo para a zona onde o rapaz se encontra… E o que ele faz vai transformar-lhe a vida. Para todo o estádio, para todo o país cheio de bandeirinhas nacionais, a culpa do desastre é dele.

 

Neste fim-de-semana de Maio apresentam-se em festival dois espectáculos (dois exemplos) de cada peça. Publica-se também um volume com os textos. É um momento de visibilidade e festa de um processo que começou num fim-de-semana de Novembro, altura em que os encenadores dos grupos, os três autores e um encenador convidado por cada texto trabalharam sobre as peças em workshops paralelos, à procura de respostas e perguntas, dificuldades e oportunidades. Este ano os encenadores-orientadores foram Cristina Carvalhal (para Apanha-Bolas), o próprio André Teodósio (com a colaboração de Paula Sá Nogueira) e Anthony Banks (director do Connections, ajudou a explorar Belavista). Seguiu-se o período de ensaios (cada grupo no seu espaço, com os seus meios) e as estreias decorreram até ao fim de Abril. Um comité de selecção escolheu os seis espectáculos que agora vos convidamos a ver. Mas há mais espectáculos e mais festivais PANOS nos teatros que se quiseram juntar a nós: o Teatro Sá da Bandeira em Santarém, O Teatrão de Coimbra e o Teatro Oficina de Guimarães. E para quem estiver interessado em participar na próxima edição, basta ficar atento à página do projecto no site da Culturgest: haverá novidades em breve.

 

APANHA-BOLAS de Rui Cardoso Martins

Sex 14 Maio · 22h00 · Palco do Grande Auditório

Fazigual, grupo de teatro do Agrupamento de Escolas de Avis

 

BELAVISTA de Lisa McGee

Sáb 15 Maio · 22h00 · Palco do Grande Auditório

Classes de Teatro d’O Teatrão (Coimbra)

Dom 16 Maio · 18h30 · Palco do Grande Auditório

Grupo de Teatro Juvenil do Teatro Virgínia (Torres Novas)

 

CENOFOBIA de André e. Teodósio (Teatro Praga)

Sex 14 Maio · 18h30 · Pequeno Auditório

Companhia de Teatro Jovem de Gaia

Sáb 15 Maio · 18h30 · Palco do Grande Auditório

Turma PANOS do Teatro Oficina (Guimarães)

Dom 16 Maio · 15h30 · Pequeno Auditório

Turma do 9ºD e Clube de Teatro Gilteatro da EB 2,3 El-Rei D. Manuel I (Alcochete)

 

PANO PARA MANGAS conversa com os autores e os grupos

Sáb 15 Maio · 15h00 · Pequeno Auditório

 

PANOS commissions and translates new plays for young people, inspired by the National Theatre of London’s Connections project. Now in its fifth year, a selection from over 40 shows produced all across the country by school and youth theatre groups will be presented in a festival at Culturgest. The plays were written by Lisa McGee (originally for Connections), André e. Teodósio (Teatro Praga) and Rui Cardoso Martins. A book will be published with all three scripts.
Cenofobia, by André e. Teodósio, begins by breaking PANOS’s rules, which state that the chosen play must be presented without cuts or changes. It is a cryptic do-it-yourself, a crazy text for crazy people, a communal experience of such stuff life is made of.
The Heights, a play from Connections 2009 written by Lisa McGee and translated by Alexandra Barreto, is about fascination for the real and imaginary, solitude and storytelling.
Apanha-Bolas, by Rui Cardoso Martins, is about a life-changing event for a ball catcher in the football world cup final: the catastrophe someone suffers when he does the right thing, when everyone wants them to do the wrong thing.