Desde 2004, Cécile Proust dirige femmeuses, que questiona as ligações entre o pensamento sobre género e o pós-mordenismo na arte. Um trabalho sobre a codificação dos corpos, a invenção do género, o queer e a ordem sexual.
femmeuses, que junta artistas e teóricos, concretiza-se em 23 femmeusesactions que assumem múltiplas formas: espectáculos, performances, vídeos, websites, textos, instalações, programação de espectáculos, comissariado de exposições.
Uma das últimas obras, femmeusesaction #19, final/ment/seule, é o prólogo de um posfácio, pessoal logo político, divertido mas extremamente penetrante, feminista e sexual, tão preciso e documentado como leve e de má fé.
Pretensa lésbica que dorme com homens, Cécile Proust, pós-feminista vândala, utiliza tudo o que está à mão, está só mas bem acompanhada, talvez nua mas a que veste as calças.
Entre o auto-retrato e o panfleto, este manifesto íntimo é um rizoma em que florescem outras vozes.
Pode passar-vos a mão pelo pêlo, mas também arrepiá-lo, ou seja eriçá-lo.
Macio e sedoso, mas picante à flor da pele.
Impaciente, em curso e a longo prazo.
Singular, logo universal. Ou seja, uma coisa impossível.