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2010


Una obra útil
Uma peça útil
Um espectáculo
de Gerardo Naumann
Integrado no alkantara festival 2010
destaque
© Lorena Fernández
TEATRO
SÁB 22, DOM 23, SEG 24,
TER 25 DE MAIO
Ginásio da Junta de Freguesia de Santos-o-Velho (Rua da Esperança, nº49, transversal da Av. D. Carlos I)
Autocarros: 60, 706, 727
19h00 · Duração: 1h15 · M12 12 Euros · Jovens até aos 30 anos: 5 Euros
Mais info
Folha de Sala (pdf)
www.alkantarafestival.pt

Espectáculo em castelhano, com legendas em português e inglês

 

Quer participar como figurante neste espectáculo? Envie um e-mail para culturgest@cgd.pt
até 16 de Abril.

Informações
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
Tripadvisor
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Conceito, dramaturgia e encenação Gerardo Naumann Actores Cecilia Rainero, Gerardo Naumann, Diego Jalfen Assistente de encenação (em cena) Lukas Valenta
Produção Gabriel Zayat Assistência de encenação Patricia Taborda
Co-produção Centro Cultural Ricardo Rojas, Fringe Fest Dublin, Project Arts Centre e Culturgest

Às vezes não dizemos: “Vamos encontrar-nos”; dizemos: “Vamos tomar um copo.” Um texto representa outro texto. Esta peça é uma desculpa, uma representação. Serve-me para pensar um filme através da peça. O filme chama-se Uruguai e é sobre um diário íntimo que comprei por acaso a um cartonero em Janeiro de 2006. Foi escrito por uma rapariga uruguaia chamada Karina. Veio trabalhar para a Argentina como empregada doméstica, atrás de uma história de amor. Numa parte escreve: Tu és o Luis e eu não sou ninguém.” Qual é o limite da intimidade?
Em cena há dois actores e eu próprio para experimentarmos partes do filme. E como no cinema também há figurantes. Os figurantes representam ou fazem o trabalho de figurantes? E que fazem enquanto esperam para passar lá atrás numa cena? Dormem? Fazem palavras cruzadas? Escrevem um diário? Esperar também é trabalho?
Como a câmara no cinema que filma vários espaços, a peça move-se. Hoje representa-se num teatro, amanhã num campo de futebol de cinco, depois de amanhã num corredor da Faculdade. No cinema a cenografia é real?
Esta peça é a intimidade de um processo, é a encenação do meu caderno de notas para um filme. O teatro pode ser útil? Ou melhor: o teatro não deveria ser útil? E porque é que ainda assim a peça parece não servir para nada?
Gerardo Naumann

 

Gerardo Naumann escreveu e encenou Cosas (2002) e Emily (2006), que em 2008 a Culturgest apresentou numa loja de cozinhas em Alvalade. Fez ainda a dramaturgia de ¡Sentate! El zoostituto (2003, enc. Stefan Kaegi). Dá um seminário de argumento em Buenos Aires e deu aulas e workshops na Noruega, Irlanda e Alemanha. Com Nele Wohlatz realizou a curta-metragem Novios en el campo (2008). Como actor trabalhou com Mariano Llinás e Alejo Moguillansky.

 

O resultado deste jogo de espelhos é como a própria vida de Karina, na qual os momentos mais iluminados cedem o lugar aos mais desoladores e misteriosos. (…) O gestor desta complexa maquinaria sabe colocar situações dramáticas, sabe descodificá-las e sabe fazê-las vibrar em espaços não-convencionais.
Alejandro Cruz, La Nación, 18 de Novembro de 2009

A play about an idea for a film yet to be made. Director and filmmaker Gerardo Naumann wants to make a film based on an unknown woman’s diary he found. Using a local cast of 25 extras, the stage becomes a platform to experiment with and test out his new film concept tentatively titled Uruguay. It’s a peculiar premise, and inherently exciting: watch the genesis of a film created in a theatre and edge against the boundaries of documenting someone else’s privacy. Can a play be useful? Or rather, shouldn’t a play be useful? Then why does the play still seem to be useless?