Dos Mostly Other People Do the Killing (MOPDTK), sediados em Nova Iorque com 4 CD’s editados, diz Moppa Elliott, líder do grupo: “mais do que confinar a música a um só estilo ou período histórico, os MOPDTK fundem todo o espectro do jazz e das várias formas da música improvisada numa só costura sem pontos vísiveis, um Uber-Jass (n.t. para além do Jazz)”. Eles próprios auto-intitulam-se como “New York’s Terrorist Be-Bop Uber-Jass Quartet”.
Elliott cresceu numa família de académicos e a banda sonora da sua infância foi o vasto catálogo de gravações de jazz que o seu pai ouvia constantemente. Para além de o expor directamente à música, o seu pai, com frequência, em vez de histórias de embalar contava-lhe pequenas anedotas do mundo do jazz. Dessa forma o humor e o Jazz sempre estiveram ligados para Elliott.
Habitualmente comparados às extravagantes bandas holandesas ICP ou o Willem Breuker Kollektief ou até mesmo aos nova-iorquinos Sex Mob pela acutilância e humor das composições e arranjos, a verdade é que a música dos MOPDTK difere bastante no tipo de abordagem e até na execução que acaba por estar muito mais próxima do bebop, por um lado, e da livre improvisação, por outro.
A riqueza da música dos MOPDTK vem de todos os membros do grupo, gozando todos eles de total liberdade para se aproximarem ou distanciarem do tema a todo o momento numa técnica que eles próprios apelidam de “light-switch jazz”.
Os músicos dos MOPDTK fazem exactamente o oposto do habitual, isto é, tentar camuflar influências e criar algo novo. O que eles procuram é tentar descobrir o que é o quê a uma velocidade vertiginosa. A realidade é que se todos estamos completamente submersos em informação, porque não usar isso na música?
Com isto criaram os MOPDTK uma música original, divertida e progressiva como nunca se viu.