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2010


Vamos sentir falta
de tudo aquilo de que não precisamos

Vera Mantero & Guests
Integrado no alkantara festival 2010
destaque
© Laurent Philippe
DANÇA
PERFORMANCE

SEG 7, TER 8, QUA 9
DE JUNHO
Palco do Grande Auditório
21h30 · Duração: 1h20 · M12 12 Euros · Jovens até aos 30 anos: 5 Euros
Informações
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
Tripadvisor
Mais opiniões sobre Culturgest.
Apoios:
Les Brigittines, Bruxelas;
Centro Cultural Vila Flor, Guimarães;
Atelier Re.Al, Lisboa

O Rumo do Fumo é uma estrutura apoiada pelo Ministério da Cultura / Direcção-Geral das Artes
apoio

Projecto co-produzido por NXTSTP com o apoio do Programa Cultura da União Europeia
Direcção artística Vera Mantero
Interpretação e co-criação Christophe Ives, Marcela Levi, Miguel Pereira e Vera Mantero Dispositivo Cenográfico e Figurinos Nadia Lauro Adereços toda a equipa
Colaboração Dramatúrgica Rita Natálio Música e Sonoplastia Andrea Parkins Operação Som Rui Dâmaso Desenho de Luz Erik Houllier
Operação Luz Jean-Marc Segalen Produção Executiva O Rumo do Fumo
Co-Produção alkantara festival; Culturgest, Lisboa; Kunsten Festival des Arts, Bruxelas; Festival Montpellier Danse 2009; Teatro de la Laboral – Ciudad de la Cultura, Gijón
Co-Produção e residência CNDC, Angers; O Espaço do Tempo, Montemor-o-Novo; PACT Zollverein, Essen

Na definição etimológica da palavra “objecto” está contida a ideia de objecto como algo “que se dá a ver”, algo que existe ou que “está lá” para ser visto.
Vamos sentir falta de tudo aquilo de que não precisamos mostra-nos objectos do mundo. Entre esses objectos e quem os manipula há um efeito de ricochete, um movimento de revelação de sentidos outros, inesperados. Existe um triângulo entre esses objectos, quem os manipula e o espectador – uma tensão que empurra as margens das ideias e das sensações até à vibração dos símbolos. Perante estes objectos, as ideias são caminhos para outras ideias e, como em todos os caminhos, há troços que se abrem, apertam e bifurcam. Podemos percorrê-los com ritmos e respirações diferentes, como se os pensamentos ganhassem forma pelo modo como pulsam e se friccionam entre si. São objectos do mundo, em contacto e em curto-circuito, algures a caminho entre o lado material e o lado etéreo das coisas, entre o quotidiano e o onírico, entre o genérico e o excepcional. E, quem sabe, é nesse “trocar as voltas” ao mundo de todos os dias – esse mundo de objectos genéricos para produção, consumo e desperdício – que podemos tocar um outro lado das coisas.
Rita Natálio

 

Vera Mantero destilou esta parada inusitada após meses de leituras, visionamentos, audições, reflexões e conversas, em conjunto com os seus co-criadores Christophe Ives, Marcela Levi e Miguel Pereira. Vamos sentir falta de tudo aquilo de que não precisamos é um jogo de associações, por vezes explícito, outras críptico, lúdico ou desconfortável, tangível ou volátil. Despoleta várias questões, mas quase nenhuma resposta.

Etymologically, the word “object” denotes the idea that an object is something that is placed before us, something that exists or that is meant to be seen.
We are going to miss everything we don’t need presents objects of the world. A rebound effect and unexpected unveiling of meaning(s) develops between these objects and those who manipulate them. And a triangle emerges between the objects, those who manipulate them, and the spectator – a tension that pushes the boundaries of ideas and sensations, as symbols turn into vibrating forces. (…)