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2010


Paulo Curado, Miguel Mira, Carlos “Zíngaro”
Ciclo “Isto é Jazz?” Comissário: Pedro Costa
destaque
© Patrícia Maio / © Nuno Martins / © Nuno Martins
JAZZ
SEX 26 DE NOVEMBRO
Pequeno Auditório
21h30 · Duração: 1h00
M12 · 5 Euros (preço único)
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Informações
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
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Saxofones alto e soprano Paulo Curado Violoncelo Miguel Mira Violino Carlos “Zíngaro”
Paulo Curado é o promotor deste encontro, em estreia absoluta, com o violoncelista Miguel Mira e o violinista Carlos “Zíngaro”.
Para Curado, a principal razão para se ter dedicado ao jazz e improvisação livre foi a sua participação, nos anos de 1980, num workshop na Fundação Calouste Gulbenkian com Steve Lacy, Evan Parker, Carlos “Zíngaro”, Richard Teitelbaum e Han Bennink.
Para si, “os músicos de jazz desenvolvem uma linguagem muito própria e individualizada que se exprime através dos instrumentos que tocam, que ganham timbres próprios e pessoais – o som do Coltrane, o som do Miles, ou o som do Monk ou o do Dolphy, por exemplo, para não ser muito extensivo”.
Para a música que toca que hoje se chama “música improvisada” e não “jazz”, diz “parece-me que a enorme revolução do free jazz foi a possibilidade desse papel de invenção passar de um solista para todos os músicos, ao mesmo tempo e sem diferenças de importância relativa, na criação dum objecto musical em tempo real”.
É precisamente aqui que reside a essência deste trio, a possibilidade de qualquer um dos músicos contribuir para o rumo da música que todos compõem em tempo real, todos têm controle na definição da temática do trio. Segundo Curado, “o interesse é o de improvisar em contextos musicais muito mais alargados do que o jazz e que incluem toda a cultura erudita da Europa”.
Em relação à constituição deste e de outro qualquer grupo confessa Curado, “se o pressuposto é o da imprevisibilidade em relação ao objecto sonoro, é importante a escolha das pessoas e da sua capacidade de relacionamento. Daí vai depender, em limite a qualidade do som do grupo e a sua capacidade de comunicar”.
Na música deste trio será de esperar um especial entendimento entre as cordas como será interessante seguir a sua interacção com o sopro. Desta dualidade se espera venha a identidade do trio.
Paulo Curado turned to jazz mainly after participating in a workshop in the 1980s at the Gulbenkian Foundation, with Steve Lacy, Evan Parker, Carlos “Zíngaro” and others. And it is Curado who has put together this project with cellist Miguel Mira and violinist “Zíngaro”.
The essence of the trio is the creation of music in real time, stemming from the inventiveness made possible by the free jazz revolution. Any of the musicians can take the music where he wants, composing on the spot, and improvising in contexts that expand far beyond jazz to include Europe’s entire erudite culture. The aim is unpredictable sound, and that requires musicians who understand one another and who know how to communicate.