Música Luís Tinoco Libreto Stephen Plaice Direcção musical Joana Carneiro
Encenação, cenografia, desenho de luz e conceito multimédia Rui Horta
Figurinos Ricardo Preto Vídeo Guilherme Martins
Electrónica e desenho de som Carlos Caires
Intérpretes: Tula Raquel Camarinha Ruth Eduarda Melo Stephanie Patricia Quinta Howard Hugo Oliveira Padre Job Tomé Lee João Rodrigues
Orquestra Sinfónica Portuguesa:
I Violinos Pavel Arefiev, Laurentino Ivan Coca Violas Ceciliu Isfan, Rogério Gomes Violoncelos Irene Lima, Luís Clode Contrabaixo Petio Kalomenski Flauta Katharine Rawdon Oboé Ricardo Lopes Clarinetes Francisco Ribeiro, Jorge Trindade Fagotes Carolino Carreira
Trompa Paulo Guerreiro Trompete Jorge Almeida Trombone Jarrett Butler Percussão Elizabeth Davis, Lídio Correia Harpa Carmen Cardeal Piano Nicholas Mcnair
Músico em cena Nicholas McNair Maestro assistente Kodo Yamagishi
Pianista correpetidor Nicholas Mcnair
Assistente de encenação e produção executiva Cláudia Gaiolas
Caracterização Jorge Bragada e Raquel Pavão para Face Off Cabelos Helena Vaz Pereira para Griffe Hairstyle Máscaras João Prazeres Tradução do libreto Marta Lisboa
Operação da legendagem Catarina Lourenço Assistente musical Carla Lourenço
Uma encomenda da Culturgest
Co-produção Teatro Nacional de São Carlos, Culturgest
A minha ideia para Paint Me (Pinta-me) era juntar seis personagens, todas com uma vida interior bastante criativa e fértil, e explorar o que é que elas pensariam umas das outras quando limitadas a um compartimento de comboio. O modelo formal do meu libreto é a obra The Canterbury Tales, escrita por Geoffrey Chaucer no século XIV.
Os viajantes de Paint Me também vão a caminho de Canterbury, mas a diferença é que estes são estranhos que foram agrupados em virtude da aleatoriedade da forma de viajar moderna, e os seus contos são narrados para si próprios, nas suas próprias fantasias.
Na idade moderna, quase todas as viagens realizadas por indivíduos são conduzidas em silêncio e anonimamente. Cada um de nós tem apenas acesso a uma impressão visual ou aos maneirismos das pessoas que se sentam à sua frente. Esta introspecção em público abre um espaço de fantasia privado, no qual os nossos companheiros de viagem se podem tornar personagens de breves dramatizações psicológicas.
Tentei, sim, dar o formato de uma narrativa completa às fantasias de cada uma das personagens. O resultado é uma espécie de antologia de short stories em forma de ópera, enquadrada no contexto de uma vulgar viagem.
Stephen Plaice
My idea in writing Paint Me was to bring together six characters, all of whom have a prolific imaginative interior life, and to explore what they would make of each other in the confines of a railway compartment.
The model for my libretto is Geoffrey Chaucer’s The Canterbury Tales. The travellers in Paint Me are also on their way to Canterbury, but they are strangers thrown together by the randomness of modern travel. Their tales are not told publicly, but in their own imaginations. Most journeys in the modern age are anonymous and conducted in silence. We have only a visual or perhaps manneristic impression of the people sitting opposite us. This introspection in public opens up a private fantasy space, in which our fellow travellers can become the characters in instant psychological dramatisations.
I wanted to formalize each character’s fantasy into a full narrative. The result is a kind of anthology of operatic short stories, surrounded by the framework of an ordinary journey.
Stephen Plaice