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JAZZ · Sexta 12 de Fevereiro de 2010
21h30 · Grande Auditório· Duração 1h30

Carlos Martins
Água
Programador: Manuel Jorge Veloso


Folha de Sala (pdf)

Classificação: M/12

 

Nascido em Etiópia, no Alentejo, em 1961, o saxofonista e compositor Carlos Martins começou por estudar música e clarinete na Banda Filarmónica de Grândola, a partir dos 14 anos de idade. Tendo ingressado mais tarde nos cursos de saxofone e composição do Conservatório Nacional (Lisboa), estudou ainda na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal, onde também foi docente. Desenvolvendo a sua carreira na área do jazz, em que tocou ao lado de inúmeros músicos portugueses e estrangeiros, Carlos Martins está também ligado à composição para o cinema e para o bailado, mantendo uma forte ligação à música erudita, domínios em que colaborou com Constança Capdeville, Álvaro Salazar, João Paulo Santos e os coreógrafos Rui Horta e Vera Mantero.
Quanto à sua actividade no jazz e em relação a este projecto, segundo as próprias palavras de Carlos Martins: “Ser músico de jazz é ter confiança no acaso. É aceitar a disciplina necessária para manusear o instrumento como se domina uma linguagem. É acreditar no erro como fonte de inspiração. É compreender o outro e aceitá-lo. É um diálogo permanente, sem palavras, do som e das cores que pintam os estados de espírito. É mesmo inventar esses estados em conjunto, libertando-nos do eu, sendo assim cada um mais o que realmente é. Como um quinteto a solo neste projecto, respiramos o mesmo ar e acertamos os nossos gestos e sonoridades fingindo o que deveras somos, um conjunto de impressões e solidões partilhadas. E fazemos disso a música que produzimos; e se a música gostar de nós faz-nos ser outras pessoas, com mais alegria. Trocamos identidades para dar à música o que tanto desejamos: a liberdade."

 

Saxofone Tenor Carlos Martins
Piano Bernardo Sassetti
Guitarra André Fernandes
Contrabaixo e baixo eléctrico Nelson Cascais
Bateria Alexandre Frazão

 

Born in Portugal in 1961, saxophonist and composer Carlos Martins began studying music and clarinet at 14. Later he studied at Lisbon’s National Conservatory and at the Hot Clube de Portugal’s jazz school. As well as jazz, he has composed for film and dance, and maintains close links with classical music.
With regard to jazz, and this project, he says that being a jazz musician means trusting to chance. It means accepting the discipline needed to handle an instrument like a language. It means believing in mistakes as a source of inspiration. It means understanding and accepting others. It is an ongoing wordless dialogue of sound and colours painted by one’s state of mind. That is the spirit behind his group.