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Cinema · Quarta 3 de Fevereiro de 2010
21h30 · Pequeno Auditório · Duração 1h30 · ?

A propósito de Robert Johnson Cadillac Records
Comentários de Elijah Wald. CICLO HOOTENANNY


Robert Johnson (1911-1938)
* Levantamento de senha de acesso 30 minutos antes do início da sessão, no limite dos lugares disponíveis.
Máximo: 2 senhas por pessoa.)

Robert Johnson (1911-1938) é talvez o músico de blues envolto em mais lendas e mistérios, tanto quanto é reconhecida a sua determinante influência na evolução do estilo e na criação da técnica de guitarra que conduziria ao surgimento do rock contemporâneo. Eric Clapton não hesita mesmo em classificá-lo como «o mais importante de todos os cantores de blues».
Nascido no Mississipi (os seus pais haviam sido escravos) Johnson tornou-se famoso pela sua inovadora técnica de guitarra e pelo talento enquanto compositor. Compreende-se a dimensão da sua influência quando se verifica que, desaparecido apenas com 27 anos, alegadamente envenenado por um marido ciumento, a sua obra gravada inclui apenas 41 temas (em rigor, 29 pois há takes repetidos).
Hootenanny convidou Elijah Wald, autor da que é considerada a mais completa biografia de Johnson, – Escaping the Delta – Robert Johnson and the invention of the Blues – e, por sua sugestão, a palestra que realizará será acompanhada pela projecção do filme de 2008 Cadillac Records, de Darnell Martin, baseado na história da famosa editora discográfica de Chicago Chess Records, determinante na evolução da música afro-americana nos anos 40 a 60 do século passado e que Wald comentará na perspectiva exactamente da influência da herança musical de Johnson.
A lenda da devil’s music está muito ligada a Robert Johnson e Wald dedicou-lhe no seu livro especial atenção, salientando a persistência da lenda do «pacto com o demónio» para adquirir virtuosismo existente em quase todos os universos da música popular.

Orgia is the chronicle of the poor sadomasochistic petit-bourgeois emotions of two spouses in the heat of a desolate Easter, of the escape suicide of a wife, lover, slave, of the husband’s devastation upon running into a passing little prostitute, of his extreme fetishist and transsexual delirium until his suicide by hanging.
More than a theatre play, Orgia can be defined as a poem for many voices, or a laic oratorium that expresses Pier Paolo Pasolini’s favourite themes, between lyricism and statement. The crisis in society is represented through an individual obsession where the mystery of conceiving children and the problem of personal identity encounter the obsession for sex, object of guilt and medium for knowledge. Thus arises the delirium - told, savoured and sectioned – of a sadomasochistic couple, a bloody orgy of words that finds its own essence in the recognition of diversity.

franco quadri