Há sempre um passado e o flamenco está muito agarrado a ele. São as raízes do que hoje somos e fazemos. Ficarmo-nos nele é não estar no presente. Vivê-lo a partir do presente, é fazer o caminho ao que amanhã virá.
É imensa a importância de Canciones populares para o espectáculo de ontem e de hoje, porque são do público, porque crescemos com elas e porque foram parte de nós. São o ponto de partida para o lugar onde hoje me encontro e um possível caminho para o que virá amanhã. A ideia principal é pôr em cena um disco que foi fonte de inspiração para muitos artistas. Transpor os temas de 1931 para o dia de hoje, com um entendimento musical, cénico e coreográfico que difere muito daquele que existia no seu tempo, mas com o mesmo espírito de fazer chegar ao público letras e músicas que pertencem ao povo, que contam a maneira de viver de gerações passadas e que fazem parte de nós.
Rafaela Carrasco
O disco Canciones populares, sobre o qual se constrói este espectáculo, foi editado em 1931 e reúne um conjunto de canções populares seleccionadas por Federico García Lorca, que acompanha ao piano a mítica cantora, bailaora e coreógrafa, Argentinita.
Vamos al tiroteo, versiones de un tiempo pasado estreou em 2008 na XV Bienal de Flamenco de Sevilha onde arrebatou os prémios de melhor coreografia. Desde então tem sido apresentado em Espanha, Inglaterra, Finlândia e França, com enorme sucesso.
Uma obra doce e delicada.
Luis Román
Foi assim que Rafaela Carrasco saiu de si própria e se deixou amar.
Silvia Calado
Setenta intensos minutos de autêntica genialidade.
Francisco Sánchez Múgica
Programa
Zorongo Gitano
Anda Jaleo
Sevillanas del Siglo XVII
Los Cuatro Muleros
Nana de Sevilla
Romance Pascual de los Peregrinos
En El Café de Chinitas
Las Morillas de Jaén
Romance de los Mozos de Monleón
Las Tres Hojas
Sones de Asturias
Aires de Castilla