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2011


Sidsel Endresen
Ciclo “Isto é Jazz?”
Comissário: Pedro Costa
destaque
© Martin Sylvest
JAZZ
QUA 27 DE ABRIL
Pequeno Auditório
21h30 · Duração: 1h · M12
5 Euros (preço único)
Mais info
Folha de sala (pdf)
Informações
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
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Voz Sidsel Endresen
O jazz vocal escandinavo tem em Sidsel Endresen a sua mais insigne representante. Recorrendo ao rico património folclórico do seu país, a Noruega, a cantora impôs-se na cena internacional com a colaboração de músicos como Django Bates, Jon Christensen, Nils Petter Molvaer, David Darling e Bugge Wesseltoft (com o último mantendo, de resto, um celebrado duo), artistas de primeira linha de etiquetas discográficas como a ECM e a Jazzland.
Senhora de uma voz única, com tanto de sensual como de poderoso, lembrando por vezes Nina Simone ou Marianne Faithfull, diferentemente destas Endresen tem uma abordagem de pesquisa que a conduz a explorações inusitadas tanto das suas capacidades físicas como do modelo da canção, colocando-a em paralelo a nomes como Meredith Monk e Lauren Newton. Em termos estéticos, prefere claramente a austeridade da expressão e a essencialidade das estruturas e das atmosferas a exibicionismos técnicos ou a histrionismos dramáticos, um factor que a diferencia da generalidade das cantoras que hoje utilizam o jazz como linguagem ou como plataforma de base. Por isso mesmo, recusa apresentar-se como uma “vocalista de jazz”. Prefere, cada vez mais, o formato de solo absoluto, muito intimista e minimal, acompanhando-se a si mesma com uma kalimba, um simples copo, um gravador de cassetes portátil e uma velha drum machine. A música que daí resulta pode parecer estranha e até desconcertante, mas na mesma medida em que é bela e hipnótica.
With her unique voice, reminiscent of Nina Simone or Marianne Faithfull, Sidsel Endresen interprets the rich folklore of Norway, exploring her own physical capacities and the model of the song itself. Aesthetically, she clearly prefers the austerity of expression to technical virtuosity, refusing to present herself as a “jazz vocalist” and increasingly preferring to perform as an absolute soloist, accompanying herself with a kalimba, a glass, a cassette recorder and an old drum machine. Her music may seem strange and disconcerting, but it is also beautiful and hypnotic.