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2011


Platform 1

Ciclo “Isto é Jazz?” Comissário: Pedro Costa
destaque
JAZZ
TER 24, QUA 25
DE MAIO
Pequeno Auditório
21h30 · Duração: 1h20
M12 · 5 Euros (preço único)
Mais info
Folha de sala (pdf)
Informações
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
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Saxofone tenor Ken Vandermark Trombone Steve Swell Trompete Magnus Broo Contrabaixo Joe Williamson Bateria Michael Vatcher
Mais na qualidade de frontman do que de líder – trata-se de um colectivo de iguais –, o saxofonista e clarinetista norte-americano Ken Vandermark vai estrear em Portugal – com uma digressão e o registo de um CD – uma nova formação com o envolvimento do seu nome: Platform 1. Se quatro dos membros do quinteto foram nascidos e criados na América do Norte, três nos EUA e um no Canadá, verificamos que dois deles vivem na Europa há largos anos, designadamente o contrabaixista Joe Williamson, que agora habita em Copenhaga depois de ter experimentado Amesterdão, Berlim e Londres, e o baterista Michael Vatcher, radicado na Holanda e parte da cena local. Curiosamente, o único europeu do grupo, o sueco Magnus Broo, estudou música no Texas, sendo talvez o mais “americano” dos trompetistas do Velho Continente. O próprio Vandermark e o trombonista Steve Swell, figuras de proa, respectivamente, do novo jazz de Chicago e de Nova Iorque, são músicos permanentemente em digressão deste lado do Atlântico. Estas conexões geográficas não são uma simples curiosidade: estão profundamente inscritas na música que nos vêm propor em conjunto.
O jazz que lhes vamos ouvir está na intersecção do hard bop e do legado free, e nisso esta Platform 1 persegue uma tendência desta música hoje com grande expressão nos Estados Unidos. Mas não se trata de uma simples equação: todos estes excelentes instrumentistas e compositores, dos melhores em actividade, desenvolveram os seus percursos individuais em várias frentes no que a estilo e até género diz respeito, e ao longo do tempo foram incorporando elementos dessas outras linguagens musicais nos seus discursos, indo do rhythm ‘n’ blues, do funk e da soul afro-americanos até à livre-improvisação e ao experimentalismo de cunho europeísta, com assimilação, também, de alguns dos códigos da música erudita contemporânea, a desenvolvida em países como Itália, Alemanha, França ou Inglaterra. O que fizerem será o resultado de todas essas interferências, dentro dessa tipologia da música feita de osmoses que é o jazz.
More a frontman than a leader, saxophonist and clarinettist Ken Vandermark will be touring Portugal for the first time with his quintet Platform 1. Four of its members come from North America, although two have lived in Europe for a long time, while the Swedish trumpeter Magnus Broo studied in Texas. These geographical connections profoundly affect their music – a mixture of hard bop and free jazz. Influenced by a variety of genres, the musicians have also assimilated some of the codes of contemporary erudite music, resulting in an osmosis of all these influences.