11 dias para partilhar um retrato vivo e cinematográfico do estado do mundo e da linguagem do documentário.
Com uma nova directora, Anna Glogowski, o doclisboa regressa de 20 a 30 de Outubro, oferecendo o melhor e mais representativo do documentário nacional e internacional, tanto a nível de filmes inéditos em Portugal, quanto a retrospectivas e homenagens a grandes nomes do cinema do real.
Cinquenta anos após o início da luta armada dos povos colonizados por Portugal, um programa original de grande relevância política: uma retrospectiva histórica de filmes sobre as guerras de libertação das colónias portuguesas em África. Um resgate das obras cinematográficas mais significativas filmadas junto dos Movimentos de Libertação, cuja raridade e dispersão prometem reflexão, descobertas e emoção.
Jean Rouch (1917-2004), etnólogo e cineasta, será homenageado com uma mostra que promete ser a maior retrospectiva do autor, jamais realizada no país. A sua obra, em constante renovação desde os anos 50 quando começou a filmar em África, influenciou o cinema moderno, até a própria Nouvelle Vague. Uma obra que vem sendo restaurada desde 2008, pelo Centre National de la Cinématographie.
Outra retrospectiva será dedicada a Harun Farocki, um dos mais conceituados realizadores contemporâneos da Alemanha, artista e teórico da media, autor de uma obra variada em filme e vídeo, profundamente politizada. Os documentários mais relevantes do ano, portugueses e internacionais – curtas e longas – estarão presentes nas várias competições, e na secção «Investigações».
E, mais uma vez, a secção «Riscos» reunirá filmes recentes que estabelecem a ponte entre a ficção, o ensaio e o cinema do real.
Sem esquecer o «Heartbeat», que celebrará a relação entre a música e o documentário.