Direcção artística Rita Natálio Artista convidada – criação instalação cénica Luciana Fina Performers Cláudio da Silva, Carla Bolito, Nuno Lucas Participação especial Stanislaw Talejko Texto original Rita Natálio e escrita colectiva de Carla Bolito, Cláudio da Silva e Nuno Lucas Desenho de luz Carlos Ramos Desenho de som Rui Dâmaso e Pedro Costa Música original Ana Gandum, letra de Miguel Coelho Acompanhamento crítico Sofia Dias Fotografia Inês Abreu e Silva Produção O Rumo do Fumo Co-produção O Rumo do Fumo, Festival Escritas na Paisagem, Município do Fundão / A Moagem – Cidade do Engenho e das Artes, Fundação Caixa Geral de Depósitos – Culturgest e Festival Temps d’Images Parcerias Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Universitário de Lisboa (CIES-ISCTE) Agradecimentos Andrea Sozzi, João Ribeiro, Magda Bull Agradecimento especial a todas as pessoas que participaram no processo de criação desta peça Em Lisboa: Alberto Pimenta, Aissato Dajaló Baldé, Ana Hatherly, Andresa Soares, Carlos Natálio, Carlos Gomes, Gonçalo Pereira, Luísa Veloso, Lígia Soares, Sofia Dias, Stanislaw Talejko, Vítor Roriz. No Fundão: Ângela Duarte, Amanda Guapo, Bruno Fonseca, Carlota Madeira Inês, David Josué Oliveira, Daniela Carvalho, Francisco Tavares, Fábio, Ivan, José Lopes Correia, Joaquim Caldeira, Jerónimo Mateus, Maria da Lurdes Brito, Maria Anunciação Amaral, Maria Tavares, Marco Fonseca, Miguel Cardoso, Paulo Santareno, Ricardo Brito, Sara Tavares, Vítor Almeida.
O Rumo do Fumo é uma estrutura financiada pela DgArtes Presidência do Conselho de Ministros – Secretaria de Estado da Cultura
Todo o século vinte e um é um trinta e um. Não se vê que sou eu mas é um retrato é uma ficção teatral e plástica a partir de encontros com portugueses entre os 9 e os 90 anos sobre as suas vidas e a suas noções de comunidade. A base fornecida por este conjunto de entrevistas é alterada, expandida e conectada por um trabalho de escrita de ficção e de encenação que contém simultaneamente o imaginário singular de cada participante e a sua diluição numa visão de conjunto. De perto, cada indivíduo está sempre entre dois ou vários, pertencendo a todos e a nenhum, sem no entanto pertencer-se. De longe, há a escrita que veste e despe personagens que nos vão falando das sedes deste século. Perguntamo-nos o que aconteceria se mais de trinta pessoas que não se conhecem à partida, ficassem presas numa sala e tivessem apenas uma hora para gerir as suas diferenças e encontrar forma dali saírem? Não se vê que sou eu mas é um retrato é feito deste cruzamento caleidoscópico de testemunhos reais, utopias de vida em conjunto, desejos, ideias de comunidade, sedes e regras de mecânica inventada.
Rita Natálio estudou História na Universidade Nova de Lisboa e Artes do Espectáculo Coreográfico na Universidade de Paris VIII. A sua actividade principal tem-se centrado na área da dramaturgia, tendo colaborado com João Fiadeiro, Vera Mantero, Cláudia Dias, Guilherme Garrido, Pieter Ampe, António Pedro Lopes, Marianne Baillot e João Lima, entre outros. Dirigiu o projecto de improvisação Nada do que dissemos até agora teve a ver comigo com estreia e criação na Fundação de Serralves no âmbito do CICLO DOCUMENTE-SE!.
You can’t see it’s me, but it’s a portrait is a fiction based on interviews with Portuguese people of all ages, talking about their lives and notions of community. This database is expanded through fiction to include the singular imaginary of each participant diluted into an overall view of the whole. Each individual is always accompanied by two or more people, belonging to everyone and no-one in this kaleidoscopic amalgam of real testimonies about personal desires and ideas of community. Rita Natálio studied History in Lisbon and Choreography in Paris, her main interest now being dramaturgy.