DE 25 DE FEVEREIRO
A 13 DE MAIO
Inauguração:
24 de fevereiro, 22h
Uma preferência por materiais comuns (por exemplo, barro, madeira, metal ou tecido) e uma rigorosa economia de gestos e de procedimentos na manipulação desses materiais são aspetos transversais ao trabalho de Katinka Bock (Frankfurt am Main, 1976). Simples e não raramente austeras nos seus materiais e nas suas formas, dotadas de uma intensa energia e de um subtil poder evocativo, as suas esculturas concretizam e condensam o processo de pensamento que lhes deu origem. As ressonâncias e os sentidos que elas produzem ou propiciam não dependem apenas das suas propriedades físicas, mas também, e de modo decisivo, da sua interação com um determinado espaço expositivo – obedeçam ou não a lógicas de site specificity – e das relações que estabelecem entre elas nesse espaço. Contudo, mesmo quando se relacionam explicitamente com o espaço e com outras obras, as suas esculturas são eminentemente introspetivas, convidando o espectador a um estado de recolhimento interior. Reunindo peças muito recentes, e em vários casos inéditas, esta exposição dá a conhecer ao público português uma artista que, nos últimos cerca de quatro anos, tem vindo a construir uma posição de referência no contexto das práticas de escultura atuais. Nos últimos anos, Katinka Bock realizou exposições individuais em França (Centre d’art contemporain de la Synagogue de Delme, 2008; Galerie Jocelyn Wolff, Paris, 2009), na Holanda (De Vleeshal, Middelburg, 2009) e na Alemanha (Kunstverein Nürenberg, 2009; Kunstmuseum Stuttgart, 2010; galeria Meyer Riegger, Karlsruhe, 2011), para mencionar algumas.
A preference for everyday materials and a strict economy of gestures and procedures in their manipulation are among the aspects commonly found in the work produced by Katinka Bock (Frankfurt am Main, 1976). Her sculptures are simple and frequently austere in both their materials and forms, being endowed with an intense energy and a subtle evocative power that embodies and condenses the thought process leading to their creation. The resonances and feelings that they produce or favour depend not only on their physical properties, but also (and most decisively) on their interaction with a particular exhibition space – whether or not they obey the logics of site specificity. However, even when they are explicitly related with the space and with other works, her sculptures are eminently introspective, inviting the spectator to withdraw into innermost meditation. Bringing together some of her most recent works, this exhibition presents the Portuguese audience with an artist who, for roughly the past four years, has been gradually consolidating her position as a major reference in the context of present-day sculptural practices.