Painel 1
Internacionalização de Artistas e Música Portuguesa:
uma realidade viva
9h30-13h [sessão da manhã]
“Os Artistas e Agentes como principais protagonistas da Internacionalização da Música Portuguesa”
José Morais (Produtores Associados)
“A importância dos apoios Públicos e Privados na internacionalização da Música e Artistas”
António Miguel Guimarães (amgmusic)
“Fado Património Imaterial da Humanidade:
um determinante contributo para a internacionalização de um género musical”
Miguel Honrado (Egeac)
“Uma análise das causas estruturais que dificultam a circulação da música portuguesa”
Antonio Pinho Vargas (músico, compositor e investigador)
11h - 11h15 Coffee Break
“As indústrias Culturais e a Música – o contexto português e a internacionalização”
Augusto Mateus (Augusto Mateus & Associados)
“Programa de Internacionalização das Artes da Direção-Geral das Artes”
Samuel Rego (Diretor Geral das Artes – Secretaria de Estado da Cultura, Governo de Portugal)
“Le Printemps de Bourges: o Centro Nacional da Canção”
Daniel Colling (Printemps de Bourges)
“Propostas e Programas para a Internacionalização – Programas Musica.PT”
Nuno Saraiva (La Maquina)
13h-15h Almoço
Painel 2
Casos de Internacionalização: as iniciativas dos Agentes, Artistas e seus parceiros. Testemunhos. A França e o mercado da música clássica: o caso francês e a internacionalização da música portuguesa
15h-19h [sessão da tarde]
“Exportação de Artistas 1990-2012: o exemplo “Madredeus”
António Cunha (UGURU)
“O Fado no Palco do Mundo”
João Pedro Ruela (Músicas do Mundo)
“O que é internacionalizar a Música Portuguesa?”
António Jorge Pacheco (Casa da Música)
17h-17h15 Coffee Break
“MaMA Event Paris”
Fernando Ladeiro Marques (Mama Event)
“Cesária e a Música de Cabo Verde”
José da Silva (Lusáfrica)
“Bureaux Export France”
Vincent Fournier-Laroque (Bureau Export)
Notas Biográficas dos Oradores
Painel 1
Internacionalização de Artistas e Música Portuguesa: uma realidade viva
“Os Artistas e Agentes como principais protagonistas da Internacionalização da Música Portuguesa” José Morais (Produtores Associados)
José Morais, 47 anos, Lisboa. Exerce atividade profissional na área dos espetáculos desde 1987. Esteve ligado ao trabalho de programação e produção de diversos eventos culturais na década de 90. Foi Programador do Fórum Cultural José Manuel Figueiredo – Moita, entre abril de 2005 (data da sua inauguração) e dezembro de 2009. É sócio gerente da Agência e Produtora, Produtores Associados, desde fevereiro de 2007. Integra a Direção da Música PT desde abril de 2011.
“A importância dos apoios Públicos e Privados na internacionalização da Música e Artistas” António Miguel Guimarães (amgmusic)
António Miguel Guimarães em 1981 iniciou o seu trabalho no meio musical como organizador de espetáculos (Yan Garbareck + Gismonti e Charlie Haden, José Afonso, Sérgio Ricardo, Joyce e Paulinho da Viola, Carlos Paredes e Luís Cilia). No mesmo ano torna-se o primeiro Manager do mercado então emergente, aceitando o convite do grupo Trovante para gerir a sua carreira. Ainda nos anos 80 funda a Regiespectáculo que se tornou reconhecida como empresa exemplo na atividade de desenvolvimento da indústria e mercado da música em Portugal nomeadamente nas áreas de Management, Agenciamento e Produção de espetáculos ao vivo. Trovante, António Pinho Vargas, Rui Veloso, Jorge Palma, Madredeus, Sétima Legião, Maria João e Mário Laginha, são alguns dos artistas que trabalharam com António Miguel Guimarães. Festival de Sagres, Outono em Lisboa, 1º Fim de Ano no Terreiro do Paço (com transmissão em direto pela RTP), Portugal ao Vivo, Filhos da Madrugada, no estádio José Alvalade e Cosmopolis são alguns dos Festivais e Espetáculos promovidos pela Regiespectáculo que definiram a nova realidade da Música Portuguesa e permitiram encarar a indústria com cada vez mais profissionalismo. António Miguel mantém atividade editorial desde os anos 80, foi A&R Nacional na EMI Valentim de Carvalho, fundou a “Farol”, selo independente onde editou mais de 100 CDs: Mário Laginha, Gaiteiros de Lisboa, Pedro Burmester e Mário Laginha, Janita Salomé, Voz e Guitarra, foram apenas alguns dos mais significativos trabalhos de Música Portuguesa então editados.
Internacionalmente esteve sempre envolvido na divulgação da música portuguesa:
– Europália’91 e Expo de Sevilha’92, na organização e produção.
– Digressões de Trovante, Xutos & Pontapés, Madredeus, Rodrigo Leão, Mafalda Arnauth e Danças Ocultas.
É atualmente diretor da publicação “Artistas&Espectáculos”, projeto com mais de 25 anos e principal site e catálogo de música profissional em Portugal. Através desta publicação tem promovido internacionalmente a divulgação da música profissional nos territórios de Língua Portuguesa, estabelecendo relações de parceria com várias empresas e representantes nesses países. Tem ainda atividade como Agente e Manager, representando artistas como Tim, António Pinho Vargas, Filipe Raposo, Wim Mertens.
“Fado Património Imaterial da Humanidade: um determinante contributo para a internacionalização de um género musical” Miguel Honrado (Egeac)
Miguel Honrado é licenciado em História pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e tem uma pós-graduação em Curadoria e Organização de Exposições pela ESBAL/Fundação Calouste Gulbenkian. Exerce, desde 1989, a sua atividade nos domínios da produção e gestão cultural. Neste contexto, interveio em projetos culturais de grande relevo nacional e internacional como o Festival Europália ou as programações culturais da Exposição Universal de Sevilha 92, da Exposição Mundial de Lisboa 98 ou da Lisboa Capital Europeia 94. Desde o início do seu percurso profissional tem mantido uma relação privilegiada com o universo da dança contemporânea, tendo integrado e depois coordenado a equipa do Departamento de Dança do Instituto Português das Artes do Espetáculo (IPAE). Foi Diretor Artístico do Teatro Viriato de 2003 a 2006. Nos anos letivos de 2003/2004, 2004/2005 foi convidado pela Universidade Lusófona a lecionar o módulo de “Políticas Culturais” na pós-graduação em Gestão Cultural. É desde 2006 professor assistente da Escola Superior de Teatro e Cinema. Foi entre 2005 e 2007 Presidente do Conselho de Administração da IRIS – Associação Sul Europeia para a Criação Contemporânea. Em 2007 foi curador do evento Jardim do Mundo integrado no projeto “O Estado do Mundo” programado por António Pinto Ribeiro para a celebração dos 50.º Aniversário da Fundação Calouste Gulbenkian. Desde novembro de 2007 é Presidente do Conselho de Administração da EGEAC – Empresa Municipal de Gestão de Equipamentos e Animação Cultura, Câmara Municipal de Lisboa.
“Uma análise das causas estruturais que dificultam a circulação da música portuguesa” António Pinho Vargas (Músico, compositor e investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra)
António Pinho Vargas nasceu em Vila Nova de Gaia em 1951, onde recebeu a Medalha de Mérito Cultural em 1998 e foi condecorado com a comenda do Infante D. Henrique pelo Presidente da República em 1995. Compositor, músico e ensaísta. Licenciatura em História, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Curso Superior de Piano do Conservatório do Porto e Mestrado de Composição do Conservatório de Roterdão na Holanda. Professor de Composição na Escola Superior de Música de Lisboa desde 1991 e Investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra desde 2006. Completou o seu doutoramento em Sociologia da Cultura na Universidade de Coimbra em 2010.
Gravou dez discos de jazz como pianista/compositor incluindo os dois CDs duplos, Solo (2008), Solo II (2009) e Improvisações (2011) gravado ao vivo no IST. Foram já editados quatro discos monográficos com algumas das suas obras. Entre as cerca de cinquenta obras compostas, podem destacar-se quatro óperas, duas oratórias, dez peças para orquestra, oito obras para ensemble, dezanove obras de câmara, sete obras para solistas e música para cinco filmes, recebendo por duas vezes o prémio da melhor música em festivais de cinema. As suas obras foram tocadas em vários países da Europa (Espanha, França, Itália, Inglaterra, Alemanha, Holanda, Bélgica, Dinamarca, Polónia, Sérvia, Eslovénia, Rússia) e nos EUA, Austrália, China, Indonésia e Coreia do Sul. Publicou os livros Sobre Música: ensaios, textos e entrevistas (Afrontamento, 2002) e Cinco Conferências sobre a História da Música do Século XX (Culturgest, 2008) e, em 2011, o livro Música e Poder: para uma sociologia da ausência da música portuguesa no contexto europeu (Almedina, 2011). Em 2012 recebeu o Prémio Universidade de Coimbra e o Prémio José Afonso.
Programa de Internacionalização das Artes da Direcção-Geral das Artes” Samuel Rego (Diretor Geral das Artes – Secretaria de Estado da Cultura, Governo de Portugal)
Samuel Rego (1977) é licenciado em História na variante Património Cultural pela Universidade de Évora e pós-graduado em Qualificação Urbana pela Faculdade de Engenharia da Universidade Católica Portuguesa. Mestre em Políticas Comunitárias e Cooperação Territorial pela Universidade do Minho e Universidade de Vigo.
De 2002 a 2004 desempenhou as funções de gestor de projeto no IGESPAR – Direção Regional de Cultura do Alentejo. Entre 2005 e 2011 representou o Instituto Camões na Galiza através da direção do Centro Cultural Português em Vigo e do Leitorado da Universidade de Santiago de Compostela. No decurso da mesma atividade, lecionou cursos de verão e participou em inúmeras conferências em universidades espanholas, sempre no âmbito da difusão da cultura e sociedade contemporânea portuguesa.
Na sua formação complementar incluem-se a ISTA – International School of Theatre Anthropology – XI International Session, Fundação Calouste Gulbenkian (1998), o Curso Medieval Summer Studies na University of Cambridge, Inglaterra (2001), o Curso de Gestão de Projetos na Escola de Gestão do Porto / Universidade do Porto (2008) o Curso de Diplomacia Cultural no Institute for Cultural Diplomacy, Berlim, Alemanha (2008), entre outros.
Em julho de 2011 foi nomeado Diretor-Geral das Artes pelo Secretário de Estado da Cultura.
“Le Printemps de Bourges. O Centro Nacional da Canção” Daniel Colling (Printemps de Bourges)
Daniel Colling é Diretor e fundador do “Printemps de Bourges”. Presidente do “Zenith” em Paris e Nantes. Desde 1970 que Daniel Colling começa a sua carreira a organizar digressões nacionais (Léo Ferre, Nougaro, Alain Stivell...) antes de criar, em 1976, a sua própria agência artística “Écout S’il Pleut”, para melhorar a divulgação de artistas como Higellin, Lavilliers, Renaud, Charlélie Couture... à época ignorados pelos media. Esta mesma agência tornou-se, entretanto, a “Victor Gabriel Productions” (VGP) e continua a produzir diversos artistas (Higelin, Izia...). Em 1977, Daniel Colling criou le “Printemps de Bourges”, um festival de músicas da atualidade, que continua a dirigir. Em 1985 iniciou à “Association Réseau Printemps”, estrutura de reconhecimento de artistas que continua a presidir. É igualmente o criador do conceito Zenith em 1982. Entre os 18 Zenith criados no território francês, explora o de Paris e de Nantes. Associa-se a Alain Lahana para criar Canal Production (1988-2000) que produzirá em França grandes artistas internacionais como Génesis, Phil Collins, David Bowie, Depeche Mode... A sua experiência e o seu sentido de compromisso levaram-no a consagrar-se a numerosas atividades internacionais de interesse geral: membro fundador do SNPS/SYMPOS/PRODISS, membro fundador e administrador do “Fundo de Apoio à Canção de Variedades Jazz” e, mais tarde, membro iniciador e Presidente do CNV (Centre Nationale de la Chanson Variétés Jazz) até 2009, hoje comissariado por Frédéric Miterrand. Ministro da Cultura, para o estudo de um Centro nacional da música.
“As indústrias Culturais e a Música – o contexto português e a internacionalização” Augusto Mateus (Augusto Mateus & Associados)
O economista Augusto Mateus preside à sociedade de consultores Augusto Mateus & Associados. Secretário de Estado da Indústria e Ministro da Economia do XIII Governo Constitucional, lançou em 1996 o plano de regularização das dívidas ao Estado, também conhecido como Plano Mateus. Professor do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) da Universidade Técnica de Lisboa, é coordenador de múltiplos estudos nas áreas da macroeconomia e da política económica, da avaliação de programas e políticas de desenvolvimento ou da competitividade de empresas e regiões. No domínio da reforma administrativa, liderou o projeto de investigação que baseou o novo modelo de governação da capital portuguesa.
“Propostas e Programas para a Internacionalização – Programas Musica.PT” Nuno Saraiva (SCl |La Maquina)
Nuno Saraiva é manager de PEIXE:AVIÃO, um dos mais promissores projetos alternativos do panorama musical nacional, e de ERICA BUETTNER, artista de folk norte-americana sediada em Portugal. É consultor de desenvolvimento internacional no management de outros artistas como Frankie Chavez (PT), Maya Solovéy (US) e Red Orkestra (CA). É também cofundador da fabulous generation, agência que apresenta novos talentos internacionais no mercado nacional português e, juntamente com Paulo Carvalho e Ana Figueiredo, cofundador da nova agência LA MAQUINA, que representa The Poppers, Murdering Tripping Blues, Primitive Reason, Minta & The Book Trout e outros artistas nacionais. É membro das Associações profissionais de agentes musica.PT, em Portugal, e Network Europe, a nível Europeu; e fundador-Presidente da AMAEI, a nova Associação de Músicos Artistas e Editoras Independentes, em Portugal.
Painel 2
Casos de Internacionalização: as iniciativas dos Agentes, Artistas e seus parceiros. Testemunhos. A França e o mercado da música clássica: o caso francês e a internacionalização da música portuguesa
“Exportação de Artistas 1990-2012: o exemplo Madredeus” António Cunha (UGURU)
A experiência como manager, na primeira metade dos anos de 1980, mostrou a António Ribeiro da Cunha um mercado a necessitar urgentemente de profissionalização. Com essa perspetiva em vista abandonou a segurança da engenharia e, com o músico Pedro Ayres de Magalhães, fundou, em 1986, a União Lisboa. Madredeus, Resistência, Santos & Pecadores, Delfins, Despe & Siga, Mler Ife Dada, Três Tristes Tigres, ou Maria João e Mário Laginha estão entre as dezenas de artistas com quem António Ribeiro da Cunha trabalhou, numa empresa que reconhecidamente alterou a indústria musical portuguesa, dando condições de trabalho aos artistas e outros profissionais, contribuindo decisivamente para o desenvolvimento da música em Portugal e para a sua projeção internacional. Até 2003...
2003 foi um ano de mudança para António Ribeiro da Cunha. Para trás ficou a empresa que fundou e desenvolveu. O futuro passou a chamar-se Uguru. Uma marca com uma filosofia que tem o mercado internacional como objetivo e que trabalha com artistas que se distinguem pela originalidade e consistência dos seus projetos, onde, como disse António Ribeiro da Cunha, em entrevista ao Diário Económico, «se trata de tudo o que tem a ver com a vida diária do artista».
“O Fado no palco do Mundo” João Pedro Ruela (Músicas do Mundo)
João Pedro Ruela nasceu em 24 de Agosto de 1972 em Veiros, concelho de Aveiro, tendo-se mudado para Lisboa aos 9 anos. Está desde há vários anos ligado à música. Enquanto instrumentista, participou em alguns projetos, como são exemplos Luís Portugal e João Pedro Pais, ao mesmo tempo que desenvolvia o seu conhecimento musical como colaborador nas lojas Valentim de Carvalho. Formou em 1991 a “Companhia das Músicas”, empresa dedicada à produção de eventos e prestação de serviços na área do entretenimento. No final dos anos 90 é convidado para o lugar de programador da sala de concertos Rock City, onde conhece Marisa Nunes, que incentiva a enveredar por um repertório ligado ao fado depois de a ouvir cantar este género musical. Cria o projeto “Mariza”, a quem dedicou os seguintes 10 anos da sua carreira, assinando uma parceria com a agência holandesa World Connection. Mais de mil concertos em todo o mundo e 1 milhão de discos vendidos revelam as qualidades de João Pedro Ruela enquanto empresário e agente. Durante este período de internacionalização decidiu aprofundar os seus conhecimentos, através de formação específica em Roterdão, Londres e Nova Iorque. Funda em 2002 a agência “Músicas do Mundo”, especializada em agenciamento, empresariado e produção de espetáculos a nível nacional e internacional. Cria o selo discográfico “Mundo Records” e “Lisboa Estúdio”, onde foram gravados alguns dos discos mais bem sucedidos da história recente da música portuguesa. Das produções da “Músicas do Mundo” destaque para:
– Produção do único concerto de origem portuguesa no conceituado Royal Albert Hall, com Mariza, Carlos do Carmo, Tito Paris e Rui Veloso.
– Produção musical da gala 7 Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo, que incluiu a participação de Daniela Mercury, Rui Veloso, Rabih Abou-Khalil, Paulo Gonzo, Lu Yanan, Boss AC e Tito Paris.
– Desenvolvimento, direção, organização e produção da digressão Rui Veloso – 30 anos.
– Produção de Mariza – Concerto em Lisboa – espetáculo realizado com a Orquestra Sinfonietta de Lisboa, dirigida pelo maestro Jaques Morelenbaum. – Concerto Dias Europeus do Desenvolvimento – Dar Voz ao Mundo – Pavilhão Atlântico – com Mariza, Carlos do Carmo, Ivan Lins, Filipe Mukenga, Rui Veloso e Tito Paris.
– Concerto de Natal – Campo Pequeno, com Carminho, Paulo Gonzo, Rui Veloso, Mariza e o coro de gospel Shout.
A “Músicas do Mundo” representa atualmente e em exclusivo os artistas: Carminho, Rui Veloso, Paulo Gonzo, Tiago Bettencourt, Miguel Araújo, Ricardo Ribeiro e a nível internacional Pablo Alborán, Tito Paris, Lura, Buika, Eleftheria Arvanitaki e Javier Límon.
“O que é internacionalizar a Música Portuguesa?” António Jorge Pacheco (Casa da Música)
António Jorge Pacheco nasceu no Porto em 1960, onde estudou, primeiro Engenharia Civil e, posteriormente, História de Arte. Formou-se em Língua Italiana no Instituto Italiano, incluindo estudos na Universidade de Perugia. Desempenhou diversas funções na área cultural, tendo sido consultor artístico na Fundação Luso-Internacional (1988-89), programador cultural no Europarque – Centro Económico e Cultural (1995-99), coordenador da programação de música no Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura (1999-2001), consultor artístico na Casa de Artes de Famalicão (2000-01), coordenador da programação na Casa da Música (2002-09) e diretor artístico e de educação na Casa da Música a partir de 2009. É, desde 2004, membro da direção do Réseau Varése (rede europeia para a divulgação da música contemporânea), tendo sido em 2007 membro do júri do festival de música de Veneza e, em 2010, conferencista na Cité de la Musique em Paris. Desde 2011 é membro do “Direction Fórum” da ECHO (European Hall Organization). Colabora regularmente em revistas e jornais da especialidade onde faz crítica e recensão de teatro, ópera e literatura.
“MaMA Event Paris” Fernando Ladeiro Marques (Mama Event)
Fernando Ladeiro Marques é Diretor de “MaMA Paris” e de “Gato Loco Productions”. Diretor de “MAMA”, o novo ponto de encontro internacional dos profissionais da música em Paris (2500 profissionais franceses e internacionais e dois dias de concertos e conferências), diretor de comunicação do “Printemps de Bourges” (onde foi igualmente programador), diretor de “Gato Loco Productions”, a sua estrutura criada há 15 anos e especializada em intercâmbios internacionais, Fernando Ladeiro-Marques é um conhecedor esclarecido da atualidade e das especificidades do mundo da música. Com “Gato Loco Productions” esteve na origem de numerosos eventos internacionais. Na qualidade de produtor ou de coprodutor criou múltiplos festivais à escala continental: o BAM em Barcelona (1995), o “Rock-Pop Bratislava” na Eslováquia (1993), o “Green Energy” em Dublin (1996), o “Cosmopolis” em Lisboa (2000), o “Move” em Praga (2005)... Graças à sua experiência no circuito pop-rock internacional criou, a partir de 1998, um projeto itinerante – Euroconnections – que permite a numerosos artistas, franceses e europeus, apresentarem-se regularmente em Praga, Budapeste, Varsóvia, Bucareste, Berlim e Kiev... Multiplicando as viagens e os contactos, Fernando Ladeiro-Marques pôs de pé e coordena, há vários anos, uma rede de profissionais da música, atualmente presente em cerca de 40 países de Berlim a Barcelona, de Nova Iorque a Praga, de Londres a Shangai, ou de Tallin a Amsterdão, tantos são os países onde ele foi convidado a intervir em conferências dedicadas à música e ao desenvolvimento das profissões do espetáculo ao vivo.
“Cesária e a Música de Cabo Verde” José da Silva (Lusafrica)
José da Silva nasceu em 1959 na cidade da Praia, em Cabo Verde. Mais tarde, radicou-se em França, onde viria a fundar em 1983 o grupo Sun of Cap, do qual foi empresário e percussionista. Em 1987, após conhecer Cesária Évora, cria a editora LUSAFRICA, para produzir o primeiro álbum da cantora La Diva aux Pieds Nus, e dessa forma continuar a acalentar a saudade da distância na diáspora. Em 1992, o sucesso do álbum Miss Perfumado, permitiu a José da Silva gravar outros artistas para a LUSAFRICA, alargando um catálogo que, rapidamente, viria a impor-se como uma das editoras de referência da Música do Mundo em França. A partir daí, produziu (e produz) para além de Cesária, os cantores Ildo Lobo, Sally Nyolo, Tcheka, Boubacar Traoré, Teófilo Chantre, Lura, Tito Paris, Orquesta Aragon, Pólo Montañez, Bonga, Nancy Vieira e Tania Libertad. O catálogo LUSAAFRICA é hoje um dos mais prestigiados e reconhecidos mundialmente. Atualmente, José da Silva é gerente do Estúdio DO SOUL em Paris e da sociedade de edição musical AFRICA NOSTRA. Criou em 1995 a produtora e distribuidora HARMONIA Lda. em Cabo Verde e, em 2001, a TUMBAO em Portugal. Desde 2009, produz em Cabo Verde, na cidade da Praia, o Kriol Jazz Festival, considerado em 2012, pela revista Songlines, um dos 25 melhores festivais mundiais.
“Bureaux Export France” Vincent Fournier-Laroque (Bureau Export)
Vincent Fournier Laroque é Presidente do International Development / Bureau Export de La Musique Française (Paris, França) (www.french-music.org). Após 2 anos no escritório da área de exportação do Bureau Export em Nova-Iorque, a desenvolver oportunidades para artistas franceses nos Estados Unidos, Vincent Fournier-Laroque mudou-se para a sede em Paris, para tornar-se Presidente do International Development, construindo redes de contactos profissionais e abrindo novos mercados como a China, Formosa, Singapura, Austrália, Canada e Suécia. O Bureau export é uma organização não lucrativa que ajuda os profissionais da música francesa (multinacionais e independentes, editores, agentes musicais, empresários...) com a profissionalização dos seus artistas em todos os géneros musicais (pop, rock, indie, electro, folk, jazz, world...) nomeadamente através de redes de contacto e ajudas financeiras (apoio a digressões, showcases, viagens de promoção...). Antes de trabalhar com o Bureau Export, Vincent tinha adquirido um conhecimento sólido da indÚstria musical através de diversas experiências em editoras (EMI Music France) e rádio (Rádio Campus Paris).