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2012


INSTALAÇÃO / PERFORMANCE
The Secret Apprentice
Ciclo Vinte e sete sentidos · Organização: Granular
destaque
QUI 15 DE NOVEMBRO
Sala 2
18h30 · Duração aprox.: 1h
3,5€ (preço único)
M16
A GRANULAR é uma estrutura financiada pela Direção Geral das Artes / Presidência do Conselho de Ministros – Secretaria de Estado da Cultura
apoio
Conceção e performance João Silva Texto António Ramos Rosa Tradução Olga Morais Som Carlos Santos, João Silva Gravações de Campo Carlos Santos, Francisco Janes, João Castro Pinto, João Silva, Nuno Morão, Paulo Raposo Vídeo Carlos Santos, Filipe Correia, João Silva Fotografia Francisco Janes, Diogo Barreiras, João Silva Cenografia João Silva, Manuela Pacheco Figurino Ângela Orbay

“Não é a altura de afirmar nada. Tudo deve permanecer oculto na sua pura inanidade (e unanimidade) inabordável. Este respeito absoluto é a condição de uma possível germinação futura e a única mediação de um enigma que se confunde com a própria respiração do construtor. O construtor está dentro de uma parede diáfana entre dois vazios. O que poderá levá-lo a romper esse muro de vidro é a sua concentração num ponto em que a negação do exterior se pode converter na comunicação com o mundo. É neste convívio com a sua própria criação que o construtor encontra a palpitação primeira dos corpos e do seu próprio corpo. A textura mais secreta é o silêncio e é ele o principal fundamento da construção invisível. Tudo será construído no silêncio, pela força do silêncio, mas o pilar mais forte da construção será uma palavra. Tão viva e densa como o silêncio e que, nascida do silêncio, ao silêncio conduzirá.”

 

João Silva (Lisboa, 1973) artista multidisciplinar, tem desenvolvido variadas colaborações em projetos de música experimental, improvisada e performance desde 1988. Explora fotografia e vídeo em contextos de performance, instalação e vídeo arte, nomeadamente com Carlos Santos, com quem tem a mais prolífera e cúmplice parceria.

http://joaomsilva.tumblr.com

http://antonioramosrosa.blogspot.com

 

 

Sobre o ciclo “Vinte e sete sentidos”
O século XX começou com o visionarismo de um punhado de artistas que ambicionava ter uma intervenção sinestésica, envolvendo os olhos, os ouvidos, o olfato, o paladar, o tato. No seu poema An Anna Blume, Kurt Schwitters referiu-se mesmo em 1919 aos “vinte e sete sentidos da sensorialidade”. Finalmente derrubadas as fronteiras entre as artes, neste início do século XXI vai-se pretendendo lidar com a totalidade da perceção humana. A série “Vinte e sete sentidos” apresenta alguns dos caminhos que estão a ser percorridos rumo a esse velho ideal…

“This is not the time to say anything. Everything must remain hidden in its bare, unapproachable potentiality (and unanimity). This absolute respect is the condition for a possible future germination, and the sole mediation for an enigma that is entwined with the constructor’s own breathing. The constructor is inside a diaphanous wall between two voids. What may lead him to break that glass wall is his concentration at a point where denial of the exterior may turn into communication with the world. It is in this interaction with his own creation that the constructor finds the primal palpitation of the bodies and of his own body. The most secret texture is silence, which is the main foundation for the invisible construction. Everything will be constructed in silence, by the force of silence; but the strongest pillar in the construction will be a word. A word as alive and dense as silence that, born out of silence, to silence will lead.”