O percurso de Marco Flores é semelhante ao de outros grandes nomes do flamenco atual. Nascido na Andaluzia (em Arcos de La Frontera, Cádiz, em 1981), autodidata de formação, integrou companhias famosas até liderar o seu grupo e assinar os seus espetáculos. Múltiplas vezes premiado, presença frequente nos mais importantes festivais de flamenco no seu país e fora dele, tem-se apresentado em numerosos palcos espanhóis e pelo mundo, construindo uma sólida carreira louvada pela crítica e recebida com entusiasmo pelo público.
De Flamencas é um espetáculo que se declina no feminino. Único homem rodeado por oito mulheres – duas no cante, duas na guitarra, três no baile, uma nas palmas –, todas grandes artistas, Marco Flores propõe-nos um percurso através de vários palos (ritmos do flamenco), muitos deles também com nomes femininos (Mariana, Liviana, Serrana, Malagueña, etc.). Num palco despido, em que predomina o negro, a nossa atenção concentra-se nas estupendas coreografias, cantes e guitarradas que se sucedem sem quebras e culminam em entusiasmantes números coletivos, como é tradicional.
De Flamencas estreou em 2010 no Concurso de Córdova, onde em 2007 Marco arrebatara quatro prémios.
Este ano De Flamencas ganhou o Prémio da Crítica no Festival de Jerez.
A dimensão do talento de Flores, os seus conhecimentos e o seu bom gosto, fizeram com que a estreia absoluta de De Flamencas fosse o êxito retumbante que todos esperávamos (…) Flores tem a sabedoria suficiente para encontrar o difícil equilíbrio entre o flamenco tradicional ou clássico e um ponto de vista contemporâneo.
Estela Zatania, deflamenco.com
Nas suas intervenções a solo o baile de Marco Flores rege-se pelos parâmetros da elegância e do fundo conteúdo flamenco, sustentados por recursos técnicos assombrosos.
Francisco Del Cid, Diário de Córdoba