Nos últimos anos, não só a pianista e compositora Satoko Fujii tem
rapidamente imposto o seu nome nos circuitos internacionais da música
criativa como se tornou num dos expoentes de uma nova caracterização
do músico do século XXI: vem adotando as mais diversificadas linguagens
musicais, da erudita contemporânea ao rock alternativo, com passagens
pelo jazz e pela tradição nipónica.
Nascida (1959) e residente em Tóquio, mas adotada pela cena nova-iorquina
como uma das suas mais ilustres representantes, conta já com cerca de
50 discos enquanto líder ou colíder, cobrindo um variado tipo de combinações
instrumentais, do seu aclamado trio com Mark Dresser e Jim Black ao
formato big band com participantes japoneses. Podemos ouvi-la nas melhores
companhias: as de Natsuki Tamura, Larry Ochs, Carla Kihlstedt, os também
pianistas Myra Melford e Misha Mengelberg, Ted Reichmann, para só mencionar
alguns. Estudou na Berklee College of Music de Boston e no New England
Conservatory onde os seus mestres foram George Russell, Cecil McBee
e Paul Bley.
Satoko Fujii tem surpreendido por propor uma música que desafia os rótulos
e é iminentemente inovadora e inconformista, ainda que no seguimento
da ancestralidade do país do Sol Nascente, sobretudo a popular, e da
história do jazz, com um apreço particular pelos pioneiros da estética
free.
O trio que mantém com o contrabaixista Mark Dresser e o baterista Jim
Black conta já com sete discos editados, e tem recorte que se pode apelidar
de camerístico, já o Satoko Fujii Quartet entra nos domínios do rock,
tendo na bateria um elemento dos Ruins, Tatsuya Yoshida. Fujii lidera
quatro orquestras, uma em Nova Iorque e as outras em Tóquio, Nagoya
e Nobe, com músicos cujos perfis lhe permitem abordagens bem distintas.
Com Tamura partilha cinco projetos, um duo, um trio com a inclusão de
John Hollenbeck, Junk Box, e três quartetos, Gato Libre, em que toca
acordeão, ma-do e First Meeting.
Satoko Fujii é uma pianista inovadora e destemida que tanto desfruta
um free jazz agitado como aprecia compor peças mais suaves e mais líricas…
Matt Cibula, Global Rhythm
O mundo musical de Fujii é um caleidoscópio; quem conhece o seu
trabalho já se habituou a esperar o inesperado. Se há artista de quem
se possa dizer que vai ao encontro das expectativas iludindo-as, ela
é esse artista.
Mike Chamberlain, Coda
Imprevisível, exaltadamente criativa e descomprometida (…) ouvir
Fujii é essencial para quem quer que se interesse pelo futuro do jazz.
Dan McClenaghan, All About Jazz
A música dela apreende a exuberância e a frescura das experiências
novas.
Satoshi Kojima, Strange Days
Desde o seu aparecimento na cena do jazz em meados dos anos 90
que a pianista Satoko Fujii rapidamente se afirmou como uma das vozes
mais cativantes e excitantes do jazz de vanguarda. (...)
JazzEd