The Quiet Volume é um espetáculo sussurrado, autogerado e “automático” (Autoteatro) para duas pessoas de cada vez, explorando a tensão particular que se encontra em qualquer biblioteca; uma combinação de silêncio e concentração dentro da qual se desenrolam experiências de leitura diferentes para cada um.
Dois espectadores / participantes sentam-se lado a lado. Recebendo deixas de palavras escritas ou sussurradas, dão por si a abrir um caminho improvável por entre uma pilha de livros. A peça expõe a magia estranha que está no centro da experiência de leitura, deixando que os mecanismos que julgamos internos se debrucem sobre o espaço envolvente, abrindo porosidades entre a esfera de um e outro leitor.
O espetáculo estreou no festival Ciudades Paralelas (comissariado por Stefan Kaegi e Lola Arias) e tem passado por cidades como Berlim, Buenos Aires, Varsóvia, Zurique e Londres.
Inicialmente com a companhia Rotozaza (que já passou pelo festival Escrita na Paisagem e pelo festival X), Ant Hampton tem-se especializado em propostas de Autoteatro. Tim Etchells, cujo trabalho tem sido presença regular em Lisboa, é o diretor artístico dos Forced Entertainment.
Este agora da página é o que me prende – o momento presente, este, aqui convocado com este arranjo de marcas / código, tinta / pixéis, letras e palavras.
Tim Etchells
(...) a sensação de consciência aumentada na qual cada som é amplificado, cada movimento tem um significado acrescido e todas as palavras dançam de possibilidade. (...) há a noção de que individualmente todos corremos desenfreados nas biliotecas das nossas mentes.
Lyn Gardner, The Guardian
The Quiet Volume parece-me ser tanto um tesouro como uma ferramenta. Vai deixar-vos desesperados por mergulhar num bom livro.
Matt Trueman, Culture Wars
The Quiet Volume is a whispered, self-generated and ‘automatic’ performance (Autoteatro) for two at a time, exploiting the particular tension common to any library; a combination of silence and concentration within which different peoples’ experiences of reading unfold.
Two audience members / participants sit side-by-side. Taking cues from words both written and whispered they find themselves burrowing an unlikely path through a pile of books. The piece exposes the strange magic at the heart of the reading experience, allowing aspects of it we think of as deeply internal to lean out into the surrounding space, and to leak from one reader’s sphere into another’s.