Em 2000, seis músicos de jazz suecos e noruegueses formaram dois grupos, o trio The Thing e o quinteto Atomic, em parte como uma forma de reação à imagem de um jazz nórdico frio e melódico que, entre outros, a editora ECM e o seu som tão característico, popularizava.
Estes músicos excecionais queriam mostrar um jazz enérgico, explosivo, descendente do free jazz europeu e americano.
O The Thing, que junta à secção rítmica dos Atomic (norueguesa) o saxofonista sueco Mats Gustavsson, combina o free jazz com a música rock. Temas de PJ Harvey, The White Stripes ou The Sonics aparecem nos seus discos. Publicaram nove álbuns. Mas é ao vivo que a sua música, semelhante à de um grupo rock, revela todo o seu poder. “A enorme energia que criam da madeira, metal, fôlego e músculo, é incrível”, disse a BBC. Outros falaram a propósito da sua música de fogo e fúria. Joe McPhee e Ken Vandermark são convidados frequentes nos concertos que realizam.
Os Atomic, com a mesma origem, preocupações semelhantes, os mesmos contrabaixo e bateria, a mesma energia, a mesma ligação ao free, são, como eles próprios se descrevem, “em parte uma leitura académica, em parte uma divertida noite fora da cidade”. Sem influência da música rock, as suas raízes estão nas tradições do jazz e da música improvisada das duas margens do Atlântico. Com nove CDs publicados, também é ao vivo que se revela toda a força da sua música.
Os dois grupos, tendo pontos de contactos, são muito diferentes um do outro. Este será um duplo concerto excecional em que poder, energia, força, estarão exuberantemente presentes. Para mais informação consulte www.thingjazz.com e www.atomicjazz.com onde pode escutar exemplos da sua música.