Forest Fringe é uma organização sem fins lucrativos e gerida por artistas que começou em 2007. Meia década depois, a sua programação no festival de Edimburgo tornou-se reconhecida enquanto espaço de experimentação, generosidade e aventura comunitária: um oásis no meio do bruaá de Edimburgo, muito do que de mais significativo, comovente e politicamente relevante tem passado pelo festival foi apresentado no Forest Fringe. O espaço recebeu diversos prémios pela sua programação inabitual e arriscada. Trata-se frequentemente de obras delicadas, experiências teatrais e projetos ambiciosos que ainda não estão prontos. E por vezes são peças tão íntimas ou discretas que é importante encontrar o contexto certo para as apresentar.
Os codiretores do Forest Fringe, Andy Field e Deborah Pearson, planearam connosco um fim de semana alargado de espetáculos e outras aventuras na Culturgest. Esperamos que nos traga um instantâneo da experimentação teatral contemporânea no Reino Unido, e que ao mesmo tempo nos inspire a ensaiar outras maneiras de produzir, apresentar e ver teatro.
Herald Angel 2008, 2011
Menção Especial do Prémio Peter Brook 2008
Scotsman Fringe First 2009
Prémio Peter Brook 2009
Parece-me que na sua abordagem de regresso ao essencial, tem um
pensamento totalmente virado para o futuro – e um âmbito potencialmente
revolucionário. Seja o que for que a nova década nos reserve, as sementes
da próxima vaga teatral – e provavelmente da nossa própria recuperação
– residem no milagre expansivo e pouco dispendioso que é o Forest Fringe.
Dominic Cavendish, discurso do Prémio Peter
Brook
Uma das mais brilhantes histórias de sucesso do Festival de Edimburgo.
Donald Hutera, The Times
Programa do microfestival
Os espectadores poderão assistir a três espetáculos, bem como experimentar
outras pequenas aventuras.
19h – Abertura
Watch Me Fall
Vê-me a cair de Action Hero
50 minutos
Este é um espetáculo sobre aqueles que fazem acrobacias e manobras
arriscadas, os daredevils. Os Action Hero dizem ao seu público que vão
saltar dentro de um barril, atingindo a rampa a 150 à hora e transpondo
dez autocarros de dois andares, e não param até que o último filho-da-mãe
que ali está se ponha a incitá-los.
No Guardian, Lyn Gardner escreveu que “este pequeno e soberbo
espetáculo de Action Hero tem múltiplas camadas: espreita por trás dos
olhos de um duro e encontra por lá qualquer coisa morta e furiosa” –
e deu-lhe quatro estrelas.
20h – Aventura
Bryony Kimmings, Jenna Watt e Mamoru Iriguchi preparam experiências curtas para pequenos grupos de espectadores, depois de uma semana de trabalho nos espaços da Culturgest. Os portugueses André e. Teodósio & Cão Solteiro experimentam o que poderá vir a fazer parte do espectáculo a estrear aqui no mês seguinte.
21h30 – Histórias
O público divide-se entre estes dois espetáculos
Like You Were Before
Tal como eras antes de Deborah Pearson
50 minutos
Usando um vídeo do último dia em que viveu no Canadá, há seis anos, Deborah Pearson tenta (sem conseguir) inserir-se de novo no enquadramento. Este é um espetáculo sobre andar para a frente às arrecuas. “Uma peça bela e filosófica sobre o amor, a perda e a memória”, escreveu-se na crítica de quatro estrelas de The List. O espetáculo ganhou um Herald Angel em 2010.
Hitch
Boleia de Kieran Hurley
50 minutos
Numa peça intimista de narração contemporânea, Kieran Hurley conta a experiência verdadeira da sua viagem, fazendo perguntas sobre o significado e objetivo do protesto político, os limites do poder pessoal e a possibilidade de mudança. Com sentido de humor e honestidade, este é um espetáculo instigante e no fim de contas esperançoso e animador, contando uma história de líderes globais, desconhecidos compassivos, um rapaz e o seu polegar.
23h – Conclusão
Growing Old With You
Envelhecer contigo de Search Party
50 minutos
Começando em 2010 e de dez em dez anos para o resto das suas vidas, Search Party cria um espetáculo explorando os conceitos de idade, dualidade e acumulação. Interessa-lhes o processo de envelhecimento não apenas enquanto caminhada para a morte mas enquanto celebração de uma vida vivida plenamente. O corpo torna-se um mapa, um terreno que cartografa a sua história. Procura-se documentar a experiência vivida em tempo real, ao longo de uma vida inteira em que os criadores, a peça e o público envelhecem em conjunto.
Ter 14 a Dom 19 – Satélite
Sessões às 16h, 16h45, 17h30, 18h15, 19h
Inscrições na bilheteira
Maybe If You Choreograph Me,
You Will Feel Better
Talvez, se me coreografares,
te sintas melhor de Tania El Khoury
30 minutos
Peça relacional que tem lugar entre uma performer e um espectador
do sexo masculino. A performer usa auscultadores sem fios.
O espectador fala para um ditafone. Ele dita todos os movimentos dela.
Pode escolher apresentar-se ou permanecer anónimo. Pode escolher seguir
um guião ou improvisar. As escolhas dela, no entanto, são menos evidentes.
O espetáculo recebeu em 2011 um Total Theatre Award e o Arches Brick
Award.
Instalação
Peças de Andy Field, Tim Etchells e Kieran Hurley & Gary McNair
Forest Fringe is a not-for-profit, artist-led organisation that began in 2007. Its yearly Edinburgh Festival venue has become renowned as a space for experimentation, generosity and communitarian adventure, presenting work that is meaningful, moving and politically relevant. The venue has won numerous awards for its unusual and adventurous programme: exciting theatrical experiments and ambitious projects that are often not yet finished. Forest Fringe’s co-directors Andy Field and Deborah Pearson have organised with us a weekend of shows and smaller experiences. We hope this will not only provide a snapshot of contemporary experimentation in theatre taking place in the UK, but also inspire us to try out different ways of producing, presenting and seeing work.
Microfestival program
19h – Opening
Watch Me Fall
Action Hero
50 min.
A performance about daredevils. We tell our audience that we’re going over in a barrel, hitting the ramp at 90mph and clearing 10 double-decker buses, and we’re not stopping until every last sonofabitch in the place is cheering us on.
20h - Adventure
Short experiences for small audiences by Bryony Kimmings, Jenna Watt Mamoru Iriguchi and André e. Teodósio & Cão Solteiro.
21h30 - Stories
Like You Were Before
Deborah Pearson
50 min.
Using a video from the last day she lived in Canada six years ago, Deborah Pearson attempts (unsuccessfully) to re-insert herself into the frame. This is a show about moving forward backwards.
Hitch
Kieran Hurley
50 min.
An intimate piece of contemporary storytelling, Hitch asks questions about the meaning and purpose of political protest, the limits of personal power and the possibility of change.
23h - Conclusion
Growing Old With You
Search Party
50 min.
A lifelong performance project which attempts to document lived experience in real time. Over the course of a lifetime they hope to create a series of works in which they, the work and the audience all grow old together.
Tuesday 14 to Sunday 19
Maybe If You Choreograph Me, You Will Feel Better
Tania El Khoury
30 min. · Booking forms at the ticket office
A relational piece that happens between one female performer and one male audience member. He dictates her every move. He can choose to follow a script or to improvise. Her choices, however, are less straightforward.