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2012


MÚSICA / INSTALAÇÃO / PERFORMANCE
Ciclo Metasonic
opensound
destaque
QUI 21, SEX 22 DE JUNHO
Sala 2 e Pequeno Auditório
M12
A GRANULAR é uma estrutura financiada pela Direção Geral das Artes / Presidência do Conselho de Ministros – Secretaria de Estado da Cultura
APOIO
Organização Granular

Com o propósito de incentivar e promover a experimentação nas artes sonoras e audiovisuais em Portugal, a associação Granular vem organizando bianualmente o ciclo Metasonic – em 2012 realiza-se a sua quarta edição, uma vez mais com uma mostra das presentes tendências e práticas nas áreas da eletroacústica e da eletrónica de pesquisa. É um vasto mundo este que foi aberto por figuras como John Cage, Pierre Henry e Iannis Xenakis ou por coletivos como Musica Elettronica Viva, AMM e Nuova Consonanza, um mundo feito de paisagismos sonoros, concretismos, circuitos integrados, traficâncias.

Para além de concertos no Teatro Maria Matos e na Culturgest, o Metasonic também integra neste ano um projeto europeu com as mesmas coordenadas, fruto da parceria da Granular com seis associações congéneres – o Opensound. Nesta iniciativa, que decorre ao longo de uma semana no Goethe Institut, no IPA e em outros espaços urbanos, o som é objeto de uma aprendizagem partilhada, sem distinção entre professores e alunos, artistas profissionais e pessoas interessadas em criar arte, para se tornar, finalmente, pertença de todos.

 

Instalação / Performance

Qui 21 de junho, 18h30

Sala 2 · Duração aprox. 50 min · 3,5€ (preço único)

MEKHAANU / La forêt des mécanismes sauvages

Guitarras elétricas preparadas Abdul Moimême

MEKHAANU / La forêt des mécanismes sauvages é o nome do mais recente projeto a solo do guitarrista Abdul Moimême. Neste, o músico explora um universo de timbres, texturas e espaços, criados a partir da preparação de duas guitarras elétricas, tocadas em simultâneo. Despojando-as de qualquer efeito eletrónico suplementar, para além da habitual amplificação elétrica, o discurso musical é construído a partir da vibração de objetos que se vão agrupando sobre as doze cordas como esculturas sonoras em constante mutação. Foi com esta abordagem que o seu anterior trabalho a solo captou a atenção da revista WIRE, tendo o crítico Brian Morton escrito que “Moimême transforma as suas guitarras (…) de facto, em nada que se pareça ao som de uma guitarra elétrica convencional”. A sua recente participação em discos como Complainte de marée basse, Suspensão, Khettahu, Le beau déviante e Brume têm sido destacadas pela crítica dado o seu som abstrato, por vezes quase mecânico. Em MEKHAANU o ouvinte é convidado a criar as suas próprias associações a partir de um discurso intrinsecamente narrativo.

 

Música

Sex 22 de junho, 21h30

Pequeno Auditório · Duração aprox. 2h com intervalo · Concerto duplo

10€ (até aos 30 anos: 5€)

ZNGR Electroacoustic Ensemble + ZoidFactory
Dur. aprox. 50 min

Violino, eletrónica Carlos “Zíngaro” Guitarra elétrica, field recording, eletrónica Emídio Buchinho Computador, microfones, eletrónica Carlos Santos Síntese e processamento de vídeo ZoidFactory

Feita de pequenas nuances e de fantasmizações sonoras, a música criada pelo ZNGR Electroacoustic Ensemble é iminentemente coletiva. Um pioneiro da experimentação eletrónica em Portugal, Carlos “Zíngaro” é também um dos grandes baluartes da improvisação internacional, tendo colaborado com um imenso rol de figuras que vai de Steve Lacy a Otomo Yoshihide. Emídio Buchinho é um explorador das potencialidades da guitarra elétrica, por meio de preparações físicas e eletrónicas. Tocou com músicos como Gunter Muller, Matt Wand, Vítor Joaquim e Nuno Rebelo. Carlos Santos é uma das principais referências nacionais da música por computador, em associações com Paulo Raposo, Ernesto Rodrigues, Rhodri Davies e Stéphane Rives, entre outros. ZoidFactory (Pedro Santana) é, por sua vez, um dos mais criativos vídeo-artistas da atualidade no nosso país.

SER EL HERMANO DE UNA ENTIDAD ABSTRACTA
Macromassa

Dur. aprox. 50 min

Clarinete, voz e sintetizador Victor Nubla audiogerador, voz e teclados Juan Crek

Grupo histórico catalão com origem em 1976, Macromassa surgiu na interseção do movimento Rock in Opposition dos anos 1970 com o pós-industrialismo da década seguinte. O projeto renasceu em 2010 com uma nova orientação e reduzido aos seus dois fundadores, Victor Nubla e Juan Crek. Com os clarinetes como interfaces de uma laboração eletroacústica, o percurso de Nubla passou por colaborações que foram de John Cage a Francisco López, passando por Tim Hodgkinson (Henry Cow) e Raoul Bjorkenheim (Scorch Trio). Poeta fonético inspirado nos princípios do surrealismo, Crek utiliza igualmente vários dispositivos eletrónicos. É um dos fundadores da Banda d’Improvisadors de Barcelona e dirige o coletivo OME Acustic.

The Granular Association’s bi-annual Metasonic cycle seeks to promote sound and audiovisual arts in Portugal. This year’s event will show current trends in research into electroacoustics and electronics, a vast world opened up by figures such as John Cage, Pierre Henry and Iannis Xenakis, or groups such as Musica Elettronica Viva, AMM and Nuova Consonanza. Besides concerts at Teatro Maria Matos and Culturgest, Metasonic also includes a European project – Opensound – a week-long initiative at the Goethe Institut, IPA and other urban spaces, in which sound becomes an object of shared learning.