Estamos em 1965 e está tudo prestes a acontecer. Pop, subcultura, superestrelas, feminismo, drogas, luzes fortes e sexo estão prestes a abanar o mundo como nunca. Gob Squad pega na mão do próprio Rei da Pop, Andy Warhol, e faz uma viagem até aos cinemas underground de Nova Iorque, onde tudo começou.
O ponto de partida é Kitchen, um dos filmes de Warhol. Não acontece grande coisa no filme original, mas ele de alguma forma condensa a energia experimental e hedonística dos anos 60. Gob Squad dedica-se a reconstituir Kitchen e outros filmes de Warhol como Eat, Sleep e Screen Test. Como é que podem acertar no ponto certo? Como é que hão de saber se estiverem a ir mal? Como é que as pessoas dançavam em 1965? De que é que falavam? O feminismo já tinha acontecido ou ainda estava por começar? Gob Squad’s Kitchen transforma-se numa viagem ao passado e de volta ao futuro. Uma busca do original, do autêntico, do aqui e agora, do verdadeiro eu, do verdadeiro tu, das profundidades escondidas por baixo das superfícies reluzentes da vida moderna.
Gob Squad é um coletivo anglo-alemão fundado em 1994, um monstro de sete cabeças com uma identidade esquizofrénica e personalidade múltipla: hermafrodita, binacional e bilingue, tanto uma família feita de retalhos como uma utopia social. Trabalham na interseção do teatro, da arte, dos media e da vida real. Entre os seus espetáculos contam-se Super Night Shot (Festival TRAMA 2008), Saving the World, Revolution Now! e Before Your Very Eyes.
Um espetáculo que é uma pérola absoluta. É uma espécie de número de magia ao vivo, e um dos feitos desta natureza que mais satisfação me deu ver no teatro.
Charles Isherwood, The New York Times
Gob Squad saltita destemidamente ao longo da linha entre ficção e realidade (...). Uma meditação comovente sobre a natureza do eu e a incognoscibilidade do passado.
Lyn Gardner, The Guardian