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2013


DANÇA
Um Solo
de Tiago Guedes
destaque
© Xana Bandola (pormenor)VER IMAGENS
SÁB 7 DE DEZEMBRO
Sala 1
18h30 e 19h30 · Dur. 30 min.
Entrada gratuita
Levantamento de senha de acesso 30 minutos antes do início da sessão, no limite dos lugares disponíveis. Máximo: 2 senhas por pessoa.
M3
 
Informações
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
Conceção, espaço cénico e interpretação Tiago Guedes Coprodução Bomba Suicida/Festival Danças na Cidade Produção Materiais Diversos Agradecimentos Martim Pedroso, Ricardo Matos Cabo, Galeria ZDB e Danças na Cidade Apoio RE.AL, Atelier RE.AL, Lisantigo Estreia Festival Danças na Cidade/Encontros Imediatos, Galeria ZDB, Lisboa, a 23 de junho de 2002

Um Solo foi criado para integrar a programação Encontros Imediatos do Festival Internacional Danças na Cidade, no qual recebeu o prémio de obra preferida do público. Desde a sua estreia, Um Solo foi apresentado mais de 200 vezes em todo o mundo.

 

Este solo integra o Ciclo Tiago Guedes 2003-2013 | 10 anos de Materiais Diversos, desenhado pela associação do mesmo nome em comemoração da obra coreográfica do seu diretor artístico, incluindo quatro espetáculos a apresentar entre 12 de novembro e 14 de dezembro em diversos espaços culturais de referência.

 

“A minha casa muitas vezes é o meu único refúgio.

Quantas vezes não corri já para dentro dela com medo da rua, das pessoas, do trânsito, das velhinhas e das crianças e acima de tudo do meu Eu social que muitas vezes domina e aniquila o que realmente sou.

É dentro das quatro paredes que limitam o meu “terreno” que deixo de me sujeitar a todas as adversidades diárias, à falsidade que não controlo e à hipocrisia da dissimulação.

Dentro de minha casa consigo ser o que sou, sem qualquer tipo de conduta moral e social especial, só eu aqui.

Embora tudo possa acontecer e aconteça, a forma espontânea com que isso se passa é reveladora de que nada e ninguém neste espaço interferem comigo.

De que forma o privado é revelador do que realmente sou?

Como é que explico que as coisas que realmente me surpreendem acontecem quando estou sozinho e sem que as predestine? Por que é que prezo tanto esta barreira de territórios que no fundo é uma barreira entre duas personalidades?”

Tiago Guedes, 2002

My house is frequently my only refuge, where I run in fear of the world outside, and above all of my social self that so often annihilates who I really am. Here, I free myself of daily adversities and the hypocrisy of dissimulation. I can be who I am, with no moral and social pressures. Just me. Anything can happen, yet the spontaneity with which it occurs shows that nothing and nobody interferes with me in this space. How do I explain that the things that really surprise me happen when I am alone without my determining them? Why do I value so highly this barrier between two personalities?