Carmen Souza nasceu em Lisboa (1981) de uma família cabo-verdiana. Cresceu falando crioulo e português, rodeada da maneira de viver dos seus pais. Autodidata, cantou num grupo português de gospel.
Descoberta, aos 17 anos, pelo baixista Theo Pas’Cal, que se tornou no seu produtor e mentor, rapidamente constrói um som inconfundível, servido por um timbre e uma técnica vocal únicos e de grande beleza, uma grande amplitude de voz, que vai buscar as suas raízes à cultura cabo-verdiana, mas também aos ritmos tradicionais africanos ou ao jazz (tem-se apresentado em alguns dos mais reputados festivais de jazz internacionais).
Com uma carreira fulgurante, gravou já seis discos, o último dos quais, Kachupada, está na base do concerto desta noite.
Carmen Souza tem feito digressões pela Europa, Estados Unidos, África, Japão ou Coreia, com atuações louvadas pela crítica e recebidas com entusiasmo pelo público. Os seus discos também têm merecido excelentes referências nos meios de comunicação e várias recompensas.
Carmen Souza é uma artista com um talento imenso e uma originalidade surpreendente.
A voz de Souza paira e precipita-se sobre as melodias de uma forma encantadora e cativante. Pode cantar em scat [técnica criada por Louis Armstrong que consiste em cantar sem palavras, com palavras sem sentido ou sílabas, como “ba ra ba bum”] ou fazer qualquer outra coisa e tudo soa simplesmente como a música mais deslumbrante que ouviu na sua vida.
The Joy Of Violent Movement
Carmen Souza é difícil de classificar, mas fácil de gostar.
Aurgasm