Autoria do projeto Cão Solteiro & André Godinho
Em cena Ana Francisca Amaral (decoração), António Gouveia (maquinista), André Godinho (realizador), Bernardo Apelido (assistente de produção), Cátia Tomé (“Rapariga”), Cecília Henriques (maquilhadora), Hugo Azevedo (assistente de imagem), Luís Magalhães (“Homem”), Lydie Barbara (assistente de realização), Margarida Leitão (anotadora), Mariana Sá Nogueira (guarda-roupa), Nuno Morão (diretor de som), Paula Sá Nogueira (“Paula”), Pedro Pinho (diretor de fotografia), Raimundo Cosme (assistente de produção) Figurinos Mariana Sá Nogueira Cenografia Ana Francisca Amaral Luz Pedro Pinho Cabelos e maquilhagem Alda Salavisa Costura Atelier Teresa Louro, Maria José Baptista, Natália Ferreira, Palmira Abranches Construção de cenografia Decor Galamba Produção e fotografia Joana Dilão Fotografia em cena Daniel Malhão “s/ título” 2001 Textos caderno #3 Maria Sequeira Mendes, Francisco Valente, Nuno Fonseca Agradecimentos Andreia Tocha, Daniel Malhão, Inês Magalhães, Joana Teodoro, João Brandão, João Couto C., João Matos, Jochen Pasternacki, Marco Regueiro, Maria Sequeira Mendes, Nuno Fonseca, Paulo Reis, Pierre-Marie Goulet, Sílvia Lança, Tatão Amaral Coprodução Teatro Cão Solteiro, Culturgest Apoios Águas Monchique, Alfaparf, Fofal, Merrell, Molaflex, Smilling, Sp Televisão, Terratreme Filmes
Em Play, The Film – a anterior colaboração de Cão Solteiro e André Godinho – teatro e cinema relacionavam-se formando uma unidade em que ambos eram identificáveis; em Day For Night os territórios confundem-se e os diversos elementos de cena transitam de um para o outro, produzindo no final objetos distintos: um espetáculo de teatro e um filme.
O palco é aqui transformado em estúdio de cinema.
A ação teatral desenrola-se ao longo da filmagem de três cenas cujo registo é efetivamente feito durante o espetáculo.
Três cenas, três décors diferentes, um espetáculo em três atos.
O mecanismo cinematográfico está todo à vista, em tempo real – atores e técnicos que são simultaneamente eles mesmos e personagens, em trânsito entre bastidores e cena, mudanças de plano, trocas de cenografia e figurinos, espera entre takes, pausas para beber café.
Este espetáculo é um jogo de espelhos onde ao artificialismo do teatro disfarçado de realismo – porque o filme está de facto a ser filmado – é contraposto o artificialismo do cinema e do seu conhecido efeito de realidade.
Espetáculo e filme podem ser vistos separadamente como objetos independentes e de sentido próprio.
Depois de Shoot the Freak em 2010 e Top Models: Paula Sá Nogueira (um bestiário) em 2012 (ambos com André e. Teodósio), o Cão Solteiro regressa à Culturgest, agora diferentemente acompanhado. André Godinho é realizador de curtas-metragens e documentários; tem colaborado com o Teatro Praga e o Cão Solteiro.
In Play, The Film – an earlier collaboration between Cão Solteiro and André Godinho – theatre and cinema were interrelated in such a way that, although they formed a united whole, both media could still be separately identified; in Day For Night, the boundaries between these territories become blurred and the various elements of performance are switched from one to the other, producing distinct objects at the end of the process: a theatre performance and a film. The stage is transformed into a film studio. The theatrical action involves the shooting of three scenes, which are effectively filmed during the performance. The cinematic apparatus is completely visible in real time. This show is a game of mirrors between theatre and cinema, between real and artificial.