No verão de 1969, um grupo de amigos, reunidos no Funchal pelas circunstâncias felizes da vida, divertiu-se durante algumas semanas a realizar uma fotonovela, conjugando para tal uma sequência de diapositivos, dois filmes em Super 8 mm, voz reproduzida em fita magnética e duas canções de um disco de vinil. Daí resultou O Amor que purifica, uma paródia das convenções daquele género narrativo muito em voga na época. Um ano mais tarde, a mesma troupe – agora sem Pitum Keil do Amaral e Leonor Bettencourt – aventura-se, com o mesmo espírito, na realização de um filme em 16 mm, Trotoário Azul, insólita rêverie construída através da montagem descontínua de imagens e cenas improvisadas em diversos locais da Ilha da Madeira. Em 2013, estas duas obras improváveis foram ressuscitadas num DVD e transcritas num livro, ambos produzidos e editados pela Porta 33, no Funchal. Depois da sua antestreia na Casa-Museu Frederico de Freitas, no Funchal, e de múltiplas projeções na Porta 33, as versões em DVD destas duas obras são exibidas publicamente em Lisboa e evocadas em conversa com alguns dos cúmplices que participaram na sua realização.
Qui 3 de abril · 18h30
Projeção de O Amor que purifica (37 min.), seguida de conversa entre Lourdes Castro, Pitum Keil do Amaral e Miguel Wandschneider
Sáb 5 de abril · 18h30
Projeção de Trotoário Azul (33 min.), seguida de conversa entre Lourdes Castro, José A. Paradela, José António Câmara e Luiz Moreira