Debater o futuro de Portugal – como, aliás, o de qualquer outro país – é hoje um exercício inevitavelmente afetado por grandes incertezas.
Porém, se se pretender que do debate surjam ideias que possam guiar o País para um caminho de progresso, é importante admitir à discussão certos temas que terão de ser objeto de reflexão prioritária, em qualquer cenário plausível.
Na base está a competitividade da economia. É hoje quase um truísmo dizer que as nossas dificuldades não são apenas financeiras mas que radicam na falta de competitividade da nossa economia, que se inseriu mal na globalização e que, para poder encontrar um novo rumo no mercado global, tem que se tornar de novo atrativa para o investimento produtivo.
A atração do investimento necessário para tornar a nossa economia competitiva é, por essa razão, objeto de um dos debates deste ciclo. O papel que os fundos estruturais poderão representar nesse aumento do investimento e na melhoria da sua qualidade será um segundo tema de debate.
Mas não é só o investimento diretamente produtivo que é necessário. Também faz falta uma orientação adequada do investimento em infraestruturas que será, também ele, importante para a competitividade geral da nossa economia. Tal tema será objeto de uma terceira sessão.
As restrições financeiras que impendem sobre a economia, particularmente as que decorrem do elevado nível da nossa dívida externa, constituem, no entanto, um fator condicionante importante do crescimento económico e em particular do investimento. Daí que se preveja uma sessão destinada à discussão das interações entre crescimento e dívida externa.
Finalmente, a dupla inserção do nosso País na Europa e no Atlântico, numa altura em que as relações económicas entre a União Europeia e os EUA iniciam um novo rumo, poderá constituir um trunfo importante para conseguirmos uma melhor inserção no mercado global. Será o tema da última sessão.
Afinal, o que está aqui em causa é refletir sobre caminhos realistas e esperançosos para o nosso País.
A Culturgest agradece ao grupo de pessoas que concebeu este ciclo e a todos os oradores que prontamente, e com grande generosidade, acederam a colaborar connosco.
23 de maio
Investimento para competir na Globalização
André Jordan, Carlos Brazão e Pedro Lima
Moderador: Fernando Bello
6 de junho
Que fazer com os Fundos Estruturais no período de 2014/2020?
Elisa Ferreira, João Ferrão e José Mariano Gago
Moderador: José Manuel Félix Ribeiro
20 de junho
Infraestruturas de ligação internacional
Carlos Matias Ramos e Luís Valente de Oliveira
Moderador: João Ferreira do Amaral
4 de julho
Crescimento e dívida externa – interações
Daniel Bessa e José Amaral
Moderador: João Salgueiro
11 de julho
A Europa e o Atlântico no futuro de Portugal
Miguel Monjardino e Vital Moreira
Moderador: Francisco Seixas da Costa