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2015


MÚSICA FESTIVAL RESCALDO
Joana Gama + Luís Fernandes
Sumbu Dunia / Estilhaços
destaque
© Eduardo Brito © Henrique RegaloVER IMAGENS
SÁB 28 DE FEVEREIRO
Pequeno Auditório e
Cafetaria da Culturgest
21h30 · Duração: 2h
6€ (preço único)
M6
Informações
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
Tripadvisor
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Joana Gama + Luís Fernandes · Pequeno Auditório
Piano Joana Gama Eletrónicas Luís Fernandes

Quest, álbum deste duo bracarense lançado recentemente pela Shhpuma, constitui sem sombra de dúvida dos mais fascinantes, intrigantes e belos pedaços de música do ano que passou, fruto de uma colaboração com génese em "100 Cage", conjunto de trabalhos de vários autores apresentados em 2012 pelo Teatro Maria Matos, no assinalar do centésimo aniversário de John Cage, que serviu para um curioso primeiro encontro entre dois músicos que, partilhando a mesma cidade, se desconheciam.

Joana Gama, pianista e investigadora de formação clássica, e Luís Fernandes, músico integrante de formações como os Peixe:Avião e nome por trás do projeto The Astroboy, exploram, em Quest, possibilidades cuja abertura pode remontar, precisamente, à relação de Cage com o piano enquanto motor de matiz clássica aberto a intervenções, modificações, processamentos e interrogações de carácter e de identidade; unindo a erudição da linguagem contemporânea da pianista com a predileção por dispositivos eletrónicos analógicos do multifacetado músico, o duo concretiza movimentos prenhes de texturas, de diálogos subentendidos, percursos nos quais o piano é simultaneamente condutor e passageiro, numa música onírica, como que fazendo uso da mais rica palete de cinzentos que se possa imaginar, e que lembra, curiosamente, o trabalho conjunto de duas outras luminárias incontornáveis do ambientalismo, Harold Budd e Brian Eno.

joanagama.com

luiscfernandes.com

shhpuma.com

Sumbu Dunia · Cafetaria da Culturgest
Samples Rui Nogueiro

Para além de baixista dos excelentes e intensos Sunflare, Rui Nogueiro é, acima de tudo, um melómano puro, constantemente mergulhando numa procura intensa de "tesouros" discográficos, edições esquecidas e sonoridades de alteridade pura.

Depois de anos promissores trabalhando sob o alias Lace Bows, fazendo do baixo elétrico e dos seus múltiplos processamentos um veículo de grande riqueza cromática, de ambientalismo transverso movido a desejos de ascensão beatífica, dá, a partir de 2014, primazia a um novo rumo de trabalho enquanto SUMBU DUNIA, nome de origem não especificada mas cujas ressonâncias "étnicas" traem e explanam com clareza um propósito de genética global, materializando essas suas procuras e inquirições pelos mundos dos discos perdidos numa fusão de Oriente e Ocidente, de eletrónica e de acústica, numa colagem sonora de tantos e tão diversos focos culturais que tem, obviamente, uma faceta antropológica, ainda que poetizada e eminentemente estética, como farol.

O concerto que apresentaremos assentará numa inédita base sonora vinda da utilização de samples Jaipongan (um subgénero de dança popular Indonésia com ligações à música para Gamelão), uma escolha natural para um projeto de natureza profundamente pessoal que ressoa pela paradoxal universalidade da matéria-prima e respeito pela memória primordial do som enquanto organização humana.

sumbudunia.bandcamp.com/album/unmankind

Estilhaços · Pequeno auditório
Voz Adolfo Luxúria Canibal Piano e programação António Rafael Contrabaixo Henrique Fernandes Guitarra Jorge Coelho

Estilhaços Cinemáticos é o mais recente trabalho de um projeto que junta às palavras ditas de Adolfo Luxúria Canibal o piano e programações de António Rafael, o contrabaixo de Henrique Fernandes e a guitarra de Jorge Coelho.

Uma década após a primeira aparição pública, à altura em formato duo e como veículo para a leitura musicada de textos e poemas do carismático líder dos Mão Morta, o coletivo Estilhaços chega ao RESCALDO após uma evolução assinalável que, desde a entrada de Henrique Fernandes e Jorge Coelho os levou a criar um percurso que visitou também reportório de Mário Cesariny.

Mais recentemente, e respondendo a um convite da associação Ao Norte, o coletivo empreendeu um caminho criativo complexo, circular e disruptivo: a partir das ilustrações dos oito livros da coleção Os Filmes da Minha Vida, matéria-prima de tal diversidade que abarca desde Fitzcarraldo de Werner Herzog, a Vertigo de Alfred Hitchcock ou a Dead Man de Jim Jarmusch, Adolfo Luxúria Canibal escreveu novos textos, partindo irremediavelmente em novas direções que obliteram a fundação temática dos filmes na origem dos livros, e entregando aos três músicos a responsabilidade de, a partir destes, criar novas composições. Dos alicerces cinemáticos na origem destes estilhaços o coletivo constrói edifícios inéditos, flutuantes e livres, palavra e som numa relação íntima e corporizante.

facebook.com/estilhacosoficial

youtube.com/watch?v=qXg-Xnavp8Y